Novo início com desafio de recuperar título
O Benfica começa hoje a nova época, um mês e 17 dias depois de ter acabado a anterior sob forte contestação dos adeptos, insatisfeitos com os resultados e, sobretudo, com Roger Schmidt. Rui Costa reconheceu o mau ano, mas manteve o treinador quando, no entender dele, «seria mais fácil e populista» despedi-lo, reforçou-lhe a confiança e tenta, agora, oferecer-lhe as ferramentas para reconquistar o título de campeão nacional, o grande objetivo.
Apenas duas caras novas até ao momento
Caras novas, por agora, só o avançado Vangelis Pavlidis e o médio Leandro Barreiro. Mas ainda muito mudará no plantel. O primeiro dia do novo Benfica, como habitualmente, começa com os testes físicos, no Centro de Formação e Treino, no Seixal, e os exames médicos, no Hospital da Luz, em Lisboa. Daí que o grupo ainda vá estar separado.
Apresentam-se no Seixal alguns dos consagrados, haverá novidades, como o extremo norueguês Andreas Schjelderup, que volta a fazer parte do plantel depois de um empréstimo de uma época ao Nordsjaelland. Também deverão regressar Paulo Bernardo ou Henrique Araújo, também cedidos na temporada anterior, mas fora dos planos de Roger Schmidt.
Mercado de transferências ainda em aberto
O Benfica está no mercado para contratar um lateral-esquerdo experiente. Exerceu a cláusula de compra de Álvaro Carreras por €6 milhões, mas vai reforçar a equipa com alguém que possa dar resposta imediata e permitir o crescimento do espanhol de 21 anos.
Também para a direita da defesa chegará um novo jogador, mas, neste caso, de um perfil diferente, alguém com margem de progressão, tendo em conta que o lugar é de Alexander Bah. Outras movimentações, depois, dependerão muito daquilo que ditar o mercado de transferências.
É certo que com a contratação de Vangelis Pavlidis ao AZ Alkmaar por €18 milhões o Benfica tenta encontrar um clube para Arthur Cabral, que custou €20 milhões. Os encarnados querem recuperar esse investimento e o avançado brasileiro sairá, por empréstimo ou em definitivo. Casper Tengstedt também deverá sair e isso abrirá a porta à chegada de mais um avançado, jovem e, neste caso também, com margem de progressão. A saída de Rafa não implicará a entrada de um reforço — Kokçu e Rollheiser são as opções para segundo avançado.
Uma das maiores incerteza é, claro, Di María, sem contrato desde o fim do mês. O Benfica, como A BOLA deu conta, continua a ser a hipótese mais forte para o craque argentino, apesar do interesse de Rosario Central e Besiktas. A estrutura do futebol profissional continua a acreditar que o avançado vai continuar mais uma época. Terá de esperar pela decisão de Di María, que será tomada no fim da participação da Argentina na Copa América.
