O Benfica entrou em campo contra o Gil Vicente com várias dúvidas em relação à sua identidade de jogo para esta temporada. Apesar de uma vitória justa, a equipa mostrou diferentes faces ao longo da partida e ainda não encontrou a melhor fórmula para encaixar Kokçu na equipa e lidar com as ausências de Alex Grimaldo.
Durante a segunda parte, o jogo entre o Gil Vicente e o Benfica parecia mais um jogo do campeonato dos Países Baixos, com espaços para desenvolver contra-ataques. O Benfica, que deveria ter aproveitado esses espaços, acabou perdendo o controlo da partida quando o Gil Vicente decidiu arriscar mais e expor-se ao contra-pé.
Faltou ao Benfica qualidade nas ações de finalização, o que permitiu ao Gil Vicente reduzir a diferença para 1-2 aos 74 minutos. O Benfica, então, viu-se ameaçado de perder o controlo das operações e de sofrer um amargo de boca nos minutos finais do jogo. Felizmente, o resultado final foi favorável aos encarnados, mas a falta de competência para fechar o jogo mais cedo fica como uma reflexão a ser feita no Seixal.
Apesar das dúvidas em relação à identidade de jogo, o Benfica teve grandes momentos ao longo da partida, especialmente graças a Di María. O jogador argentino foi influente e desequilibrador ao libertar-se da exclusividade que estava a dar à ala direita.
No entanto, além das questões relacionadas com Kokçu e Grimaldo, o problema de Arthur Cabral também se mantém. O avançado tem sido mais um problema do que uma solução para a equipa. No entanto, acredita-se que ele ainda pode se adaptar à equipa do Benfica com o tempo.
Ainda assim, o Benfica saiu de Barcelos com uma vitória justa, mas com várias dúvidas por resolver em relação à sua identidade de jogo para esta temporada. Resta agora a Roger Schmidt continuar a procurar a melhor fórmula para a equipa e trabalhar nas dinâmicas do grupo.