O Sporting anunciou esta segunda-feira que as claques Juventude Leonina (Juve Leo) e Torcida Verde devem desocupar os espaços que ocupam em Alvalade, após ter sido notificado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) sobre obras de intervenção na zona.
As obras de perfuração e escavação na Rua Professor Moniz Pereira, local onde se encontram instaladas as sedes das referidas claques, obrigam à desocupação imediata desses espaços. O Sporting, a pedido da autarquia, passou essa informação às duas claques, tendo alertado que em caso de incumprimento a CML pode agir coercivamente, através de meios legais.
## Fim do protocolo com as claques
O clube recordou ainda que aquele espaço foi cedido, temporariamente, ao abrigo de um protocolo celebrado com as claques, que ao dia de hoje já não se encontra em vigor.
Esta situação provocou uma onda de reações nas redes sociais, a começar por António Cebola, vice-presidente da Juve Leo, que escreveu no X: «Somos campeões, as claques não tem protocolo e seja onde for o apoio é incrível sempre pelo Sporting. Uma época brilhante a começar para ganharmos o bicampeonato e amanhã infelizmente a direção do lema união cria o caos no universo leonino. Tenham vergonha».
## Ação judicial contra as claques
Recorde-se que o Sporting avançou, em 2020, uma ação judicial contra o Directivo Ultras XXI (DUXXI) e a Juventude Leonina (Juve Leo), com o objetivo de forçar a saída dos dois grupos organizados de adeptos das sedes ocupadas por ambas, anexas ao Estádio José Alvalade. A administração entende que o clube não pode, por imperativos legais, ceder espaço físico a grupos organizados de adeptos (GOA) que não estejam legalizados.
Por decisão do tribunal, este litígio foi separado em dois processos, que serão resolvidos de forma isolada. Já as claques Directivo Ultras XXI e Brigada Ultras Sporting, pelo facto de as respetivas sedes ocuparem um setor diferente do estádio, não estão abrangidas nesta comunicação.