Adeptos de várias nacionalidades na fan zone de Leipzig
Quando a equipa de reportagem de A BOLA chegou à fan zone de Leipzig, para ali acompanhar o Portugal-Eslovénia, a festa era ainda de um grupo de adeptos da França, que tinha acabado de ultrapassar a Bélgica a caminho dos quartos de final. O primeiro apoiante de Portugal a chegar foi um... neerlandês. Acompanhado pela namorada, Timo vestia uma camisola de Cristiano Ronaldo. «Se não for a seleção dos Países Baixos, queria que ganhasse a equipa das quinas», afirmou.
Pouco depois chegaram mais duas camisolas de CR7, mas com outro significado, envergadas por Fábio Barreto, dono de uma mercearia portuguesa em Leipzig, e pelo filho, o pequeno Simão Ronaldo, de 4 anos. «Hoje ganhamos 3-1 com um golo do Bernardo Silva e dois do Cristiano», disse o empresário, também madeirense, pouco antes do apito inicial.
Ambiente calmo na fan zone antes do jogo
Por essa altura já três dezenas de adeptos portugueses marcavam presença na Augustusplatz, com uma lotação reduzida, a confirmar o fraco ambiente em torno do Europeu, pelo menos por estas paragens. O apoio à equipa lusa era dominante, em todo o caso, com o contributo de outras nacionalidades, ainda que os austríacos – já equipados para o jogo desta terça-feira, com a Turquia – tenham estado mais concentrados nos bares do que no ecrã gigante.
Festa após a vitória nos penáltis
Ronaldo ainda gerou algumas reações durante a primeira parte, mas ao intervalo o nulo persistia. Adelino Santos, português residente na Alemanha há 30 anos, mas que foi dirigente do Amora nos tempos de Jorge Jesus, já estava impaciente por altura do descanso, e mais ainda ficou quando viu Roberto Martínez «tirar o melhor jogador», referindo-se a Vitinha.
O prolongamento afastou muitos adeptos da fan zone, mas um grupo de estudantes portugueses – maioritariamente de música –, teve ânimo suficiente para contagiar as pessoas mais próximas no apoio à Seleção. O penálti falhado por Cristiano Ronaldo ainda abanou a esperança, mas a defesa de Diogo Costa após deslize de Pepe deu o mote para os penáltis.
O guarda-redes português assumiu o estatuto de herói do apuramento e a noite acabou em festa para os portugueses de Leipzig, que entoaram o cântico da moda antes de serem interrompidos pelo gesto de desportivismo de um adversário camuflado. «Respeito de um adepto esloveno», afirmou, numa manifestação recebida com aplausos até pelo sósia de Lenny Kravitz que por ali andava.
