Após os graves incidentes que marcaram a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto no dia 13 de novembro, o clube volta a convocar uma reunião magna para que os sócios possam votar as contas do Grupo FC Porto. Neste exercício, que compreende o período entre 1 de julho de 2022 e 30 de junho de 2023, o clube registou um prejuízo de 48 milhões de euros.
A diretoria do clube manifestou a sua preocupação com a possibilidade de repetição dos episódios de violência que mancharam a última assembleia, e por isso reforçará a segurança e logística do evento. A Polícia de Segurança Pública não será requisitada de início para estar dentro do pavilhão, mas estará de prevenção do lado de fora, pronta para agir se necessário.
A disputa entre as duas fações dos adeptos do FC Porto continua acesa, o que pode gerar momentos de tensão nesta Assembleia Geral. A diretoria pede aos associados que cheguem o mais cedo possível e promete melhorar as condições de som para que todos possam ouvir os representantes da Mesa da Assembleia Geral e os intervenientes no púlpito.
Além disso, existe alguma apreensão em relação à capacidade do Dragão Arena, que possui apenas dois mil lugares sentados e espera-se a presença de mais do dobro de associados. No entanto, o espaço permitirá que muitos se acomodem de pé.
Uma das principais preocupações dos associados é o estado financeiro do clube. No Grupo FC Porto, o capital próprio está negativo em 191,544 milhões de euros, sendo que só na SAD o valor é de 175,980 milhões de euros. Esta questão certamente será discutida pelos sócios, que acreditam que o clube e a SAD estão em falência técnica.
Apesar das garantias dadas por Pinto da Costa e Fernando Gomes de uma melhoria financeira até dezembro, com a entrada de dinheiro proveniente da venda de Otávio e dos prémios da Liga dos Campeões, ainda existe a possibilidade das contas serem chumbadas pelos sócios.
Num contexto de profunda divisão, é provável que os votos de protesto prolonguem a Assembleia Geral para além dos 30 minutos inicialmente previstos.