Ex-diretor do FC Porto critica transparência do clube e liga nacional reagirá à ligação da B SAD ao Portalegrense

  1. Francisco J. Marques, antigo diretor de comunicação do FC Porto, criticou o Portal da Transparência do clube
  2. Pedro Proença, presidente da Liga Portugal e da European Leagues, confirmou a centralização dos direitos televisivos em Portugal
  3. Proença manifestou preocupação com a ligação da B SAD ao Portalegrense

Francisco J. Marques, antigo diretor de comunicação do FC Porto, recorreu às redes sociais para questionar os reais motivos por detrás da criação do Portal da Transparência pelo atual presidente do clube, André Villas-Boas. Já Pedro Proença, presidente da Liga Portugal e da European Leagues, abordou temas como a centralização dos direitos televisivos e a ligação da B SAD ao Portalegrense.

Críticas de Marques ao Portal da Transparência


Embora reconheça que «discriminar os valores pagos nas transferências é um grande contributo para a transparência», Marques sublinha que «também há coisas que precisam de mais esclarecimentos e que não parecem nada transparentes», como «a existência de uma comissão de gestão».


O ex-dirigente azul e branco afirma que «nunca ouviu falar na existência de uma comissão de gestão numa transferência, fosse do FC Porto, fosse de qualquer outro clube». Dá como exemplo o caso de Samu, que custou «15 milhões de euros por 50% do passe», aos quais «acrescem um milhão de intermediação e 260 mil euros anuais de gestão». Segundo os cálculos de Marques, «a comissão do negócio de Samu é afinal de 2,3 milhões de euros, o que num negócio de 15 milhões significa uma percentagem de 15,3%».


Para o ex-diretor de comunicação, ao agir desta forma, a atual direção do FC Porto «está a assassinar a excelente iniciativa de criação do Portal da Transparência, que mais não parece do que servir um desejo de ajuste de contas».

Centralização dos direitos televisivos


Sobre a centralização dos direitos televisivos em Portugal, Pedro Proença, presidente da Liga Portugal e da European Leagues, voltou a confirmar que será uma realidade no país. Numa alusão indireta ao Benfica, clube que se tem mostrado mais reticente em relação ao processo, Proença afirmou: «Queremos criar marca, internacionalizar a nossa Liga com 306 jogos e não com os 17 jogos de um clube que acha que sozinho vale mais que a Liga inteira. Só cinco clubes do Mundo se poderiam dar ao luxo de avançar sem as suas ligas, e infelizmente infelizmente nenhum deles é português.»

Preocupação com a ligação da B SAD ao Portalegrense


Proença manifestou ainda preocupação relativamente à ligação da B SAD ao Portalegrense: «O associativismo é fundamental na criação e nas relações com os clubes, e portanto essa itinerância vem quebrar com o espírito da solidariedade e do associativismo que tem que imperar. Um clube que é de Lisboa é de Lisboa e, portanto, não pode ser de Lisboa e de outra coisa qualquer. Mas tenho a certeza de que essa reflexão vai ter que ser feita», afirmou.

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