O antigo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, concedeu uma entrevista ao programa 'Contrastes' da TVI Player onde abordou dois temas relevantes do futebol português: a venda de Evanilson e a sua relação com antigos líderes dos rivais Benfica e Sporting.

Recusa em vender Evanilson

Sobre a recente transferência de Evanilson para o Bournemouth por 37 milhões de euros, com possibilidade de chegar aos 47 milhões, Pinto da Costa revelou que no ano passado recusou uma proposta superior pelo avançado brasileiro. «Não seria capaz de vender agora o Evanilson. No ano passado, tive uma proposta muito superior e acabei por não vender», afirmou o ex-presidente dos dragões.

Pinto da Costa explicou que, apesar de por vezes ter tido a oportunidade de fazer bons negócios com a venda de jogadores, optava por não o fazer para não enfraquecer a equipa. «Às vezes, chegava o momento de vender um jogador e não o fazia. Reconheço que cometi um erro, porque resolveria alguns problemas, mas não era capaz de vender porque temia enfraquecer a equipa», confessou.

Prioridade aos êxitos desportivos

O antigo líder do FC Porto defendeu que, como adepto, a prioridade é sempre a vitória desportiva, mesmo que isso signifique ter contas menos positivas. «Os sócios festejam os êxitos desportivos. Ninguém vai para a Avenida dos Aliados celebrar apenas porque apresentámos contas positivas. O que eles querem é ganhar. Hoje em dia faria o mesmo. Não seria capaz de vender agora o Evanilson», reiterou.

Relações com outros presidentes

Pinto da Costa falou também da sua relação com outros antigos presidentes dos rivais Benfica e Sporting. Sobre Luís Filipe Vieira, do Benfica, disse que «dava-me bem com ambos» antes de Vieira assumir a presidência do clube da Luz, altura em que a relação se deteriorou, embora atualmente seja «normal». Já sobre Bruno de Carvalho, do Sporting, Pinto da Costa considerou que «foi muito injustiçado», elogiando o facto de ter implementado o pavilhão do clube, algo que «o Sporting não tinha e nem imaginava ter».

«Achava-o bastante engraçado e ainda mantemos contacto. Creio que foi muito injustiçado, uma vez que implementou algo que o Sporting não tinha e nem imaginava ter: um pavilhão. Quando ele propôs a ideia do pavilhão, todos diziam que era uma loucura e que era impossível. No entanto, o pavilhão foi construído e, sem ele, o Sporting não teria alcançado os sucessos que teve. Durante a sua gestão, o Sporting conquistou títulos em todas as modalidades», afirmou Pinto da Costa.