Festa e euforia no regresso do FC Porto ao Dragão
A madrugada foi de festa junto ao Estádio do Dragão. Após a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, a chegada do autocarro do FC Porto ao recinto desportivo da cidade Invicta aconteceu no meio de uma enorme 'loucura'. Centenas de adeptos esperaram pelo regresso da equipa de Vítor Bruno, depois da épica reviravolta em Aveiro, diante do campeão Sporting (3-4 após prolongamento), com muitos cânticos e pirotecnia.
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, conhecido adepto do FC Porto, exultou com a vitória dos azuis e brancos na Supertaça. No seu texto, Rui Moreira destacou a união presente, ao dia de hoje, entre os portistas, «sem cenas e patéticas e que envergonhavam», e não esqueceu Sérgio Conceição, antigo treinador que foi substituído por Vítor Bruno, recordando o edil os «jogadores que o 'mago' tinha encostado e que afinal têm qualidade e vontade», referindo-se a Iván Jaime.
Sporting domina, mas Porto dá a volta
Em Aveiro, os leões inauguraram o marcador por Gonçalo Inácio, aos seis minutos, e ampliaram a vantagem com tentos de Pedro Gonçalves, aos nove, e Geovany Quenda, aos 24, mas os dragões, na estreia oficial do treinador Vítor Bruno, responderam com golos de Galeno, aos 28 e 66, e Nico González, aos 64, e levaram o jogo para prolongamento.
No prolongamento, o FC Porto completou a reviravolta, com um golo de Iván Jaime, aos 101 minutos, que permitiu aos dragões aumentarem o seu número de conquistas da Supertaça, para 24, enquanto o Sporting continua com nove cetros.
Vítor Bruno mostra entrega e liderança
Vítor Bruno, de 41 anos, somou quilómetros dentro e fora do espaço, quer em passo acelerado quer a correr ao lado dos jogadores, num lance em que até acabou pisado por Gonçalo Inácio. Um cumprimento entre ambos selou o incidente e o técnico prosseguiu nos pedidos e nas correções aos atletas.
No lance do 2-0, por exemplo, tinha vincado a João Mário e Zé Pedro que deveriam ter travado a arrancada de Gyokeres em falta. Antes de terminar o tempo extra, gesticulou para onde queria que Diogo Costa batesse um pontapé de baliza. No fim, foi engolido pelos adjuntos e pelo staff, como o médico Nélson Puga. Mais tarde, trocou um abraço longo e emotivo com Villas-Boas.
Galeno e Iván Jaime protagonizam a reviravolta
Galeno foi a figura da partida, ao fazer dois golos que devolveram o dragão à vida. No primeiro, foi perspicaz ao antecipar o erro de Debast, depois de já ter testado Kovacevic num remate em arco. No segundo, quando já tinha recebido ordens para começar a atuar como lateral-esquerdo, foi mais rápido do que Quenda e levou o jogo para prolongamento. Aí, a preocupação foi apenas uma: fechar o flanco o mais possível. Com maior ou menor esforço, não deu nada por perdido, tendo até sido vítima de cãibras.
Iván Jaime também se destacou, tendo sido uma «pedra no sapato do Sporting», à esquerda ou à direita, de onde sacou o remate que sobrevoou Kovacevic com a ajuda de Mateus Fernandes. O médio ofensivo, que tinha sido afastado no final da época passada por Sérgio Conceição por alegada falta de compromisso, teve um papel decisivo para a conquista do troféu.