A saída de Sérgio Conceição do comando técnico do FC Porto e a nomeação de Vítor Bruno como seu sucessor marca uma transição delicada no clube, com relatos de divergências entre os antigo e o novo treinador.
Sérgio Conceição e Vítor Bruno, companheiros de longa data, terão virado costas um ao outro, com cada um a apresentar a sua própria versão dos acontecimentos. Segundo relatos, ambos se sentiram «traídos» neste processo de transição.
Versões desencontradas e futuro incerto
«Existe a versão de um, a versão de outro e a verdade. Essa, provavelmente, nunca a saberemos», observa o articulista, sublinhando que, nestes casos, «não temos de saber» os detalhes da discórdia.
O FC Porto, enquanto instituição, é quem menos ganha com este «pingue-pongue indireto» que se pode vir a tornar direto entre os dois treinadores. Cabe agora a André Villas-Boas, o novo presidente portista, «zelar pela paz possível» em torno de Vítor Bruno, o treinador no qual decidiu apostar até 2026.
Vítor Bruno: da adjunção à liderança
Vítor Bruno, até agora adjunto de Sérgio Conceição, assume assim a sua primeira experiência como treinador principal. Trata-se de uma nomeação que, segundo o comentador Carlos Freitas, levanta naturais reservas, como aconteceria com qualquer outro nome escolhido por Villas-Boas.
«Qual seria o treinador que depois de uma vigência de sete anos não levantaria dúvidas relativamente ao seu sucesso?», questiona Freitas, observando que é «impossível pensar em Guardiola, Klopp ou nomes deste calibre» para o FC Porto.
Neste contexto, Freitas entende que «qualquer treinador levantaria dúvidas» aos adeptos portistas, estando «sujeito a um julgamento muito incisivo no caso de ter um início de época periclitante». No entanto, o antigo dirigente desportivo acredita que «se Vítor Bruno mostrar capacidades para o lugar, não há nada que não o recomende». Ou seja, «nada é antes de o ser», cabendo ao novo treinador provar o seu valor.