O futebol português foi recentemente abalado por um incidente grave que resultou na suspensão de um jogador por parte da AF Braga. Durante uma partida contra o Arões, um guarda-redes do Caçadores das Taipas foi punido após agredir um árbitro, um ato que aconteceu no minuto 70 do desafio da 24.ª jornada da Série B da Divisão de Honra da AF Braga. O incidente foi gravado em vídeo, onde se pode ver o jogador a agredir um adversário antes de se dirigir ao árbitro, estendendo o braço em direção ao rosto do juiz.
Na sequência de uma reunião do Conselho de Disciplina, decidiu-se que o jogador será suspenso por 16 meses, com início a 24 de março e término em julho de 2026. Além disso, o Caçadores das Taipas foi penalizado com uma derrota de 3-0 na partida contra o Arões, bem como com uma interdição do Campo do Montinho por um jogo, a ser cumprida na penúltima ronda do campeonato. O clube ainda recebeu uma multa de 100 euros. Esta decisão da AF Braga evidencia uma postura firme contra a violência no desporto, com a instituição a manifestar o seu “mais profundo repúdio pela inaceitável e vergonhosa agressão sofrida pelo árbitro Ricardo Ferreira”
, reafirmando a sua solidariedade com a vítima.
Manifestação do Núcleo de Árbitros
O Núcleo de Árbitros de Futebol do Cávado também se pronunciou sobre a situação, exigindo que haja policiamento obrigatório nos encontros de seniores e de juniores da AF Braga. Esta exigência reforça a necessidade de implementar medidas de segurança em eventos desportivos, uma preocupação crescente entre as entidades responsáveis pelo futebol em Portugal. A situação levou ainda o centenário clube, fundado em 1923, a pedir desculpas pelo comportamento do jogador, dirigindo-se ao trio de arbitragem e ao Arões, que foi considerado um digno adversário
.
Marco Pinto, o jogador suspenso, publicou uma defesa nas redes sociais onde nega categoricamente a intenção de agredir o árbitro, mas admite ter ido na sua direção “com a intenção de o intimidar”
, reconhecendo que houve uma tentativa de agressão
. Esta declaração levanta questões sobre a responsabilidade dos jogadores e a necessidade de um comportamento exemplar dentro e fora do campo.
Investigação Criminal
A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) decidiu enviar informações ao Ministério Público, visando uma investigação criminal sobre o incidente. Esta ação demonstra que as autoridades não estão dispostas a tolerar comportamentos violentos no desporto e que medidas rigorosas devem ser aplicadas para garantir a segurança e a integridade das competições.
Além disso, esta situação pode servir como um alerta para outros jogadores e clubes sobre a importância de manter um espírito desportivo e respeitar as regras do jogo, contribuindo para um ambiente seguro e saudável para todos os envolvidos.
Consequências para o Futebol Português
Em outro acontecimento no futebol português, o extremo Gonçalo Borges, do FC Porto, também enfrentou consequências disciplinares. Ele foi punido com um jogo de suspensão após ser expulso na última partida contra o Famalicão, onde o árbitro Miguel Nogueira considerou que o jogador “pontapeou um adversário na zona do pescoço com força excessiva na disputa da bola”
. Para além da suspensão, Borges foi multado em 306 euros.
O FC Porto, por sua vez, também enfrentou uma multa substancial de 2040 euros devido a um atraso na realização do jogo por razões médicas. Estas ocorrências sublinham a necessidade contínua de um controle mais rigoroso sobre comportamentos inadequados no futebol em Portugal, fazendo um apelo à reflexão sobre a ética e a responsabilidade de todos os atletas.