Na conferência de imprensa após a derrota do Vitória de Guimarães frente ao Benfica, o treinador Luís Pinto partilhou as suas impressões sobre o encontro, destacando a performance da sua equipa na primeira parte. “Primeiro, jogámos contra uma equipa que tem aspirações, que na primeira parte foi inferior a nós. Há que dar mérito a esses primeiros minutos do Benfica,”
afirmou Pinto. Esta análise honesta sublinha que, apesar do resultado desfavorável, o Vitória iniciou o jogo de forma assertiva, uma estratégia que se perdeu após a expulsão de um dos seus jogadores.
O treinador lamentou a expulsão de Fábio Blanco, que considera ter sido um ponto de viragem na partida: “Deitou [tudo a perder] porque nós, a fechar o corredor direito, baixámos o Telmo para proteger o Maga daquele amarelo no lance do Sudakov. Ficámos muito baixos. Devemos ter entrado a pressionar mais alto.”
Com esta afirmação, Luís Pinto não só realça a dificuldade da segunda parte, mas também a necessidade de uma abordagem mais agressiva ao jogo desde o início.
Estratégia e Adaptação
Questionado sobre a estratégia escolhida, Pinto elucidou: “Decidimos apostar no Camara porque, primeiro tínhamos extremos com os pés trocados, e achamos que seria positivo. O Camara tem a capacidade de ser mais rápido do que os centrais do Benfica, para procurar a profundidade, para os contra-ataques, e para nos ajudar a baixar.”
Esta decisão revela uma tentativa de adaptar a equipa às circunstâncias do jogo, buscando uma resposta ofensiva mesmo em desvantagem numérica.
No entanto, a reflexão de Luís Pinto termina com um sentimento de frustração e resignação: “Não tenho grande coisa a dizer. Se um lance não tivesse acontecido e outro tivesse, não tínhamos termo de comparação. Existiu. Não tenho mais nada a dizer.”
Esta citação final resume a complexidade dos altos e baixos do futebol, onde pequenas decisões podem ter consequências significativas no resultado final.