Após a derrota por 2-0 frente ao Sporting, o treinador do Alverca, Custódio Castro, partilhou a sua reflexão sobre a realidade da equipa no futebol português. Castro afirmou: “Podemos começar pelo resultado, independentemente de tudo, acreditávamos que conseguíamos pontos, mesmo com a distância de jogos e o número de lesionados que tínhamos. Tornou-se difícil na segunda parte pela vertente física.” O técnico destacou a dificuldade de competir contra equipas com a qualidade do Sporting e o apoio dos seus adeptos, reconhecendo a diferença entre as equipas: “Com muita gente entrelinhas. Tentámos e acabámos por sofrer dois golos, um de bola parada e um grande golo do Pedro.”
Custódio Castro sublinhou a dificuldade que a sua equipa tem enfrentado em proteger a baliza. “Se olharmos para os nove golos sofridos, acho que sofremos nove golos em 12 ou 13 remates. Se falarmos em futebol no geral e na competitividade do jogo, podemos olhar para a Taça da Liga, em que o Benfica ganha 3-0 ao Tondela, o Sp. Braga goleia o Santa Clara e o Sporting vence-nos por 5-1. A diferença é muito grande e há que pensar no que queremos fazer no futebol português.”
Reflexões de Francisco Chissumba
Em declarações posteriores, Francisco Chissumba, lateral do Alverca, refletiu sobre a atitude da sua equipa durante o jogo. “Sabíamos que íamos ter dificuldades, mas queríamos deixar outra imagem em relação ao último jogo. Fizemos isso bem em termos de atitude, algo que faltou no primeiro jogo. Queríamos explorar mais as transições, não conseguimos, mas fizemos o que pudemos.” Chissumba, que se encontra emprestado pelo Sp. Braga, salienta a importância da adaptação e do trabalho em grupo: “Experiência tem sido muito boa, estou feliz por jogar, era o que queria.”
O jogador reforçou a necessidade de continuar a trabalhar em conjunto para alcançar melhores resultados. “Queremos resultados melhores, é para isso que trabalhamos. Mais tarde ou mais cedo isso vai acontecer.” Esta convicção demonstra a vontade do Alverca de superar os desafios e fazer valer o seu potencial na Liga.
Compromisso de Custódio Castro
Custódio Castro, que tem estado profundamente envolvido no desenvolvimento da equipa, comentou também o seu compromisso com o clube: “Fechei-me no clube, contratámos jogadores, roupeiro e equipa médica. Fui duas ou três vezes ao Norte, a casa. Fechei-me e dediquei-me ao clube. É um trabalho desenvolvido desde julho.” Castro reafirma que o principal foco é garantir a permanência da equipa na Liga.
“É muito importante que a cidade esteja connosco e que compreenda o que está a ser feito. O nosso propósito é que o Alverca fique na Liga ao fim de muitos anos e é difícil.” Com essa dedicação, o treinador espera inspirar os seus jogadores e a cidade, mostrando que a luta pela permanência é uma prioridade.