Rui Costa, o presidente do Benfica, abordou em recente entrevista a questões cruciais relacionadas com a gestão e futuro do clube. “Votar em mim é votar no futuro do Benfica, numa equipa completamente nova.” Essa afirmação sublinha a sua determinação em transformar a equipa a partir da sua chegada à liderança, enfatizando que modificações eram essenciais para melhorar o desempenho do clube.
A sua entrada no cargo não foi algo simples, como ele mesmo descreve: “Impreparado porque de manhã tinha umas funções e à tarde tive de ser presidente.” Ao lembrar-se desse momento crítico, Costa evidenciou a urgência de ter uma liderança estabilizada, especialmente em um período de incertezas financeiras e desportivas.
Transformação do Plantel
A transformação ocorreu porque Rui Costa herdou um plantel envelhecido: “Cheguei com um plantel com 13 jogadores na casa dos 30 anos ou acima.” Essa mudança, segundo ele, foi decidida face à necessidade de revitalizar o clube e garantir um futuro promissor. Ele afirma claramente: “O facto de investir o que investi… Foi uma das coisas que disse quando entrei, não descurando nunca a parte financeira, os benfiquistas podem estar descansados, porque não têm um louco à frente do Benfica. Sou uma pessoa responsável e jamais colocaria o Benfica em situação de risco.”
Além disso, Rui Costa fez questão de abordar o tema dos direitos televisivos. A sua recusa em aceitar propostas consideradas abaixo das expectativas demonstra a sua ambição e visão clara para as finanças do clube. “Temos propostas no dia de hoje que já superam o que temos no presente, mas que não aceitámos essas propostas por dois motivos muito simples: uma porque acreditamos que podemos chegar mais longe e outra porque estamos num momento eleitoral.” Este pragmatismo reforça a sua opinião de que o Benfica pode conseguir um valor ainda superior aos 70 ME/ano que almeja.
Atmosfera Política no Benfica
Enquanto isso, a atmosfera política dentro do clube está tensa, com críticas dirigidas a candidatos opositores. Fernando Tavares, vice-presidente para as modalidades, expressou suas preocupações sobre a candidatura de João Noronha Lopes, a quem se refere com desdém. Tavares declarou: “A bem do Benfica, espero que nunca concretize a sua intenção de se tornar presidente, como gosta de assegurar que será inevitável.” Essa declaração ressalta a divergência dentro da estrutura do clube, especialmente em momentos críticos como as eleições.
O clima pré-eleitoral no Benfica é complicado, com Cristóvão Carvalho, outro candidato à presidência, alertando para um possível cenário de ingovernabilidade. “O pior que podia acontecer ao Benfica é entrarmos numa ingovernabilidade nestas próximas eleições. E sinto que esse risco é grande e tudo farei para que isso não aconteça.” A preocupação de Carvalho é legítima, dada a influência que as agitações internas podem ter na continuidade e estabilidade do clube.
Compromisso de Rui Costa
Com todos esses fatores em jogo, Rui Costa continua a reafirmar seu compromisso e ambições para o Benfica, traçando um caminho focado nas novas gerações e na reconstrução da imagem do clube. O futuro do Benfica, portanto, não é apenas uma questão de finanças ou performances desportivas, mas sim um reflexo direto da estabilidade e visão de liderança que Costa e outros aspirantes estão prontos a apresentar a todos os sócios.