Portugal e a República da Irlanda vão a jogo já este sábado, e Roberto Martínez, que se fez acompanhar de Bruno Fernandes, realizou a antevisão ao encontro a partir das 17h00 desta sexta-feira, na Cidade do Futebol. A expectativa é elevada, uma vez que a selecção das quinas tem a ambição de conquistar o Campeonato do Mundo, e esta partida da terceira jornada do Grupo F da Qualificação europeia será fundamental para atingir esse objetivo.

O selecionador destacou: “O nosso primeiro objetivo é ganhar, qualificar e estar no Mundial. Num torneio tão curto, sabes que com poucas vitórias consegues chegar à final. Sonhei com isto desde muito pequenino, sonhava com eles. Assim, irei continuar a sonhar até que esse sonho seja cumprido.”

Bruno Fernandes e os Penáltis

As perguntas começaram a ser dirigidas ao capitão do Manchester United, que começou por garantir que o interesse da Arábia Saudita é antigo. Bruno Fernandes confessou: “Muito sinceramente, os dois penáltis que falhei não foram com a minha técnica habitual. É algo que tenho de estudar melhor. Normalmente gosto de ver o que os guarda-redes fazem, mesmo antes do jogo, com um dos treinadores de guarda-redes. Infelizmente para mim, e não é que este ano os guarda-redes tenham sido muito bons, porque só um deles defendeu, que o outro mandei a bola para um sítio que não devia ter mandado, mas são momentos que dependem de mim.”

O capitão mostrou-se ciente da importância de converter as oportunidades de golo, e as falhas nos penáltis têm sido um tema recorrente. Fernandes acrescentou que a responsabilidade está sempre em cada jogador, e que é necessário aprender e adaptar-se constantemente.

A Importância de Diogo Jota

Roberto Martínez também abordou a importância de Diogo Jota na equipa, refletindo sobre a tragédia que afetou o jogador: “Foi uma tragédia. Estamos agora realmente numa missão, uma vez que o maior sonho do Diogo era conquistar o Campeonato do Mundo e temos essa responsabilidade de tentar perseguir esse sonho, com os valores que ele tinha e com o que ele dava à seleção nacional. Será o nosso guia. Fará sempre parte desta família.”

O selecionador sublinhou que a dedicação e o espírito de união são essenciais para a equipa, especialmente em momentos difíceis. O apoio a Jota é uma prioridade e todos estão comprometidos em honrar a sua memória.

Dinamismo e Pressão na Selecção

Falando sobre a actual dinâmica da seleção, Bruno Fernandes comentou sobre a pressão observada nos jogadores da Arábia Saudita, afirmando: “Não é só Cristiano Ronaldo e João Félix. Temos o João Cancelo e o Rúben Neves lá também. Mas vemos os jogadores muito felizes, chegam muito felizes à seleção com a sua vida na Arábia Saudita e com o projeto, que acho que é mesmo real. Mas pressão não.”

O capitão acredita que a felicidade dos jogadores é um bom indicador do ambiente positivo dentro da seleção, o que pode resultar em um bom desempenho em campo. Essa atitude é crucial para a confiança e a união do grupo.

A União do Grupo e o Espírito Competitivo

Ao término da conferência, Fernandes afirmou: “Acho que, tendo um ambiente são e positivo, é sempre melhor. Se só isso chega? Não. Acho que há que juntar um bocadinho de tudo. O mais importante é meter o ego de lado. Todos ficamos aziados quando não jogamos, mas há que tornar essa azia em algo positivo. O grupo tem de estar acima de tudo.”

Roberto Martínez encerrou a conferência destacando a importância do desempenho do grupo e a relação saudável entre os jogadores: “Esta união que falámos vai um pouco contra o que acabou de dizer. Não existem indiscutíveis na seleção. Há uns que jogam mais minutos que outros, que é normal quer numa seleção, quer num clube, mas o facto de todos se sentirem indiscutíveis ajuda a que os treinos sejam muito competitivos, de um nível muito alto e que fazem com que estejamos mais perto de derrotar qualquer adversário.”