Rui Costa fala sobre o futuro e gestão do Benfica

  1. "Votar em mim é votar no futuro do Benfica"
  2. "Impreparado porque de manhã tinha umas funções"
  3. "Cheguei com um plantel com 13 jogadores na casa dos 30 anos"
  4. "A bem do Benfica, espero que nunca concretize a sua intenção..."

Rui Costa, o presidente do Benfica, abordou em recente entrevista a questões cruciais relacionadas com a gestão e futuro do clube. “Votar em mim é votar no futuro do Benfica, numa equipa completamente nova.” Essa afirmação sublinha a sua determinação em transformar a equipa a partir da sua chegada à liderança, enfatizando que modificações eram essenciais para melhorar o desempenho do clube.

A sua entrada no cargo não foi algo simples, como ele mesmo descreve: “Impreparado porque de manhã tinha umas funções e à tarde tive de ser presidente.” Ao lembrar-se desse momento crítico, Costa evidenciou a urgência de ter uma liderança estabilizada, especialmente em um período de incertezas financeiras e desportivas.

Transformação do Plantel

A transformação ocorreu porque Rui Costa herdou um plantel envelhecido: “Cheguei com um plantel com 13 jogadores na casa dos 30 anos ou acima.” Essa mudança, segundo ele, foi decidida face à necessidade de revitalizar o clube e garantir um futuro promissor. Ele afirma claramente: “O facto de investir o que investi… Foi uma das coisas que disse quando entrei, não descurando nunca a parte financeira, os benfiquistas podem estar descansados, porque não têm um louco à frente do Benfica. Sou uma pessoa responsável e jamais colocaria o Benfica em situação de risco.”

Além disso, Rui Costa fez questão de abordar o tema dos direitos televisivos. A sua recusa em aceitar propostas consideradas abaixo das expectativas demonstra a sua ambição e visão clara para as finanças do clube. “Temos propostas no dia de hoje que já superam o que temos no presente, mas que não aceitámos essas propostas por dois motivos muito simples: uma porque acreditamos que podemos chegar mais longe e outra porque estamos num momento eleitoral.” Este pragmatismo reforça a sua opinião de que o Benfica pode conseguir um valor ainda superior aos 70 ME/ano que almeja.

Atmosfera Política no Benfica

Enquanto isso, a atmosfera política dentro do clube está tensa, com críticas dirigidas a candidatos opositores. Fernando Tavares, vice-presidente para as modalidades, expressou suas preocupações sobre a candidatura de João Noronha Lopes, a quem se refere com desdém. Tavares declarou: “A bem do Benfica, espero que nunca concretize a sua intenção de se tornar presidente, como gosta de assegurar que será inevitável.” Essa declaração ressalta a divergência dentro da estrutura do clube, especialmente em momentos críticos como as eleições.

O clima pré-eleitoral no Benfica é complicado, com Cristóvão Carvalho, outro candidato à presidência, alertando para um possível cenário de ingovernabilidade. “O pior que podia acontecer ao Benfica é entrarmos numa ingovernabilidade nestas próximas eleições. E sinto que esse risco é grande e tudo farei para que isso não aconteça.” A preocupação de Carvalho é legítima, dada a influência que as agitações internas podem ter na continuidade e estabilidade do clube.

Compromisso de Rui Costa

Com todos esses fatores em jogo, Rui Costa continua a reafirmar seu compromisso e ambições para o Benfica, traçando um caminho focado nas novas gerações e na reconstrução da imagem do clube. O futuro do Benfica, portanto, não é apenas uma questão de finanças ou performances desportivas, mas sim um reflexo direto da estabilidade e visão de liderança que Costa e outros aspirantes estão prontos a apresentar a todos os sócios.