Frederico Varandas, presidente do Sporting, quebrou o silêncio para responder ao burburinho gerado pelo Benfica após a final da Taça de Portugal, na qual o seu clube saiu vitorioso. Durante a sua intervenção na XV Cimeira de Presidentes, Varandas desvalorizou o que apelidou de “ruído”
em torno do lance entre Matheus Reis e Andrea Belotti, insinuando que a reação do Benfica é resultado de um “desespero”
estratégico, especialmente com as eleições no rival a aproximarem-se.
O líder leonino afirmou que essa reação é uma “estratégia consciente do nosso rival”
, com a intenção de um discurso interno, tendo em conta o calendário eleitoral. “Não ligo nem fico ofendido”
, garantiu Varandas, sublinhando a intencionalidade por trás das críticas.
Análise do Lance Polémico
O presidente leonino aprofundou a análise do lance que gerou controvérsia, explicando que um dos pontos altos dessa estratégia é o “ruído desproporcionado”
sobre o caso Matheus Reis. Varandas confessou que, ao ver o jogo, não se apercebeu do lance, mas depois, com todo o ruído gerado, foi ver e concluiu que a análise se baseia num único “frame”
. “Tenho o cuidado de analisar os lances em velocidade corrida e é impossível alguém dizer que houve intenção em pisar a cabeça”
, defendeu.
Varandas desvalorizou a gravidade da situação, sugerindo um exagero na indignação. “O que vejo é um adversário deitado no chão e um jogador, sem olhar para onde ele está, a pôr o pé em cima da cabeça. Não sei se foi com intenção e posteriormente perguntei ao meu jogador e ele disse que não”
, esclareceu, reiterando a versão do atleta.
Comparação com Lances Anteriores
O dirigente sportinguista fez questão de mencionar lances polémicos em jogos passados, apontando para a falta de consistência na incredulidade do rival. Referiu o primeiro golo do Benfica, onde um “frame”
sugere que Dahl dá um soco em Geny Catamo, mas em lance corrido, não há falta. “E ainda sobre agressão, isto é muito curioso. No ano passado, num jogo decisivo no campeonato, o Di María agrediu o Pote e não vi indignação de ninguém. Aqui parece um caso onde quase é preciso o Estado reunir-se”
, ironizou Varandas.
Para o presidente do Sporting, a forma como o assunto foi tratado demonstra uma tensão desnecessária. “É o ruído do desespero, mas tem de haver bom senso”
, rematou.
Evolução da Arbitragem e Críticas
No que diz respeito à necessidade de uma evolução na arbitragem portuguesa, Varandas não poupou críticas. Mencionou o afastamento do árbitro Tiago Martins, que, segundo ele, foi VAR num clássico FC Porto – Sporting onde os leões foram “severamente prejudicados”
.
“O Sporting luta para que haja cada vez melhores condições na arbitragem. Quero melhores árbitros? Quero! Quero maior responsabilidade dos árbitros? Quero, é isso que queremos sempre”
, finalizou Frederico Varandas.
Tensão Constante no Futebol Português
A resposta de Varandas reflete não só a sua postura firme como líder do Sporting, mas também a tensão constante que permeia o futebol português, especialmente entre os maiores rivais do país. A troca de acusações e a análise minuciosa de lances polémicos parecem ser uma constante no panorama desportivo nacional, evidenciando a rivalidade intensa que persiste.