A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) encontra-se atualmente num momento de transição, com o objetivo de fortalecer a sua relação com o Governo português. Esta semana, a FPF expressou a sua esperança de que a recente reunião com os responsáveis do Governo possa marcar o início de uma “nova era na relação e articulação em matérias verdadeiramente relevantes para o futuro”
do futebol no país. O presidente da FPF, Pedro Proença, referiu que a direção congratula-se com o “espírito construtivo da reunião, que, espera, assinalará o início de uma nova era na relação com o Governo, na articulação em matérias verdadeiramente relevantes para o futuro do futebol português.”
No entanto, a FPF não se limita a fortalecer laços institucionais; está também empenhada em abordar questões de transparência e responsabilidade financeira. Comprometida com as melhores práticas de transparência, a FPF anunciou a sua decisão de desistir de um recurso ao Tribunal Constitucional. O comunicado da FPF revela que “a Direção deliberou, de forma unânime, apresentar desistência do recurso interposto para o Tribunal Constitucional quanto às sucessivas decisões, nas mais diversas instâncias, relativas ao pedido de jornalistas do jornal Expresso para o acesso a um conjunto de documentos, nomeadamente os relacionados com os contratos assinados entre a Federação Portuguesa de Futebol e o ex-selecionador nacional, Fernando Santos.”
Compromisso com a Transparência
Este gesto de abertura ocorre num contexto em que a FPF se vê envolvida em acusações de uso indevido de empresas unipessoais para a gestão dos rendimentos de trabalho de Fernando Santos durante o período em que foi selecionador nacional, entre 2014 e 2022. As intenções de garantir uma maior transparência nas operações da FPF foram sublinhadas quando a instituição declarou que “estará sempre intransigente na defesa dessas práticas.”
As ações da FPF visam não apenas restaurar a confiança dos jornalistas e da opinião pública, mas também reforçar a sua legitimidade perante os órgãos que regem o futebol em Portugal. Esta nova abordagem é fundamental para a credibilidade da FPF e para a evolução do desporto no país.
Visão para o Futuro
Estas iniciativas coincidem com o anseio expresso por Pedro Proença de que a nova era na relação com o Governo também aborde projetos futuros significativos, como a candidatura para a organização do Europeu feminino de 2029 e o Campeonato do Mundo de 2030. Durante a reunião, Proença afirmou que foram discutidos os desenvolvimentos relativos ao Mundial 2030, que Portugal organizará em conjunto com Espanha e Marrocos, enfatizando a importância do evento para o desenvolvimento do futebol nas suas diversas vertentes.
Além disso, foram exploradas propostas relacionadas com a verba proveniente das receitas de apostas desportivas, algo que foi descrito como “uma inegável mais-valia para todas as federações desportivas e todos os agentes.”
Esta abordagem inovadora poderá proporcionar um impulso significativo ao futebol em Portugal, assegurando um futuro mais sustentável e competitivo.
Rumo a uma Nova Era
Com estes passos, a FPF parece estar a posicionar-se para um papel mais ativo e transparente, algo que é fundamental para garantir a confiança e a colaboração com todos os agentes envolvidos no futebol português. A organização está a preparar-se para desafios futuros, ao mesmo tempo que se dedica a melhorar a sua imagem e a fortalecer a sua posição no desporto.
Assim, a FPF não apenas reafirma o seu compromisso com a transparência e a responsabilidade, mas também estabelece as bases para um futuro promissor no futebol português, alinhando-se com as melhores práticas do setor e respondendo às expectativas de todas as partes interessadas.