O debate em torno do papel de Cristiano Ronaldo na Seleção Nacional reacendeu-se esta semana, com opiniões divididas sobre a sua importância e influência na equipa. A derrota para a Dinamarca, onde Ronaldo admitiu ter estado abaixo do esperado, levantou questões sobre a sua titularidade.
Numa conferência de imprensa, o capitão confessou: “Não joguei nada, a Seleção não jogou nada”. Mencionou também que os jogadores não são “máquinas”. A sua exibição, no entanto, não foi bem recebida, com uma crónica a descrever a primeira parte como “um horror” e a afirmar que “Ronaldo jogar os 90' é passar atestado de incompetência ao futuro da turma das quinas”.
A Questão da Titularidade
A pergunta “aos 40 anos, Ronaldo joga na Seleção porquê?” é colocada, com muitos a ensaiar respostas baseadas no passado, como quando “marcou três golos à Suécia” na qualificação para o Mundial de 2014. A questão central permanece: “como se diz ao ‘goat’ que se calhar ele já não é tão necessário?”.
Uma criança, alheia ao futebol, questionou a presença de Ronaldo em campo, sem saber que a resposta “levaria muito tempo”.
A Resposta de Roberto Martínez
Perante a insistência no debate, o selecionador nacional, Roberto Martínez, reagiu em conferência de imprensa após a vitória de Portugal (5-2) sobre a Dinamarca, que valeu o apuramento para a 'final four' da Liga das Nações: “Se você não gosta de sofrer, acho que não devia acompanhar futebol”.
Martínez mostrou-se contente com o desfecho do encontro e a passagem à fase seguinte, onde Portugal vai defrontar a Alemanha: “Sofreu? Eu desfrutei. O futebol é isto. Não há jogos fáceis. Já viu os outros quartos de final? Grandes penalidades! O futebol é isso. A Dinamarca fez um bom jogo, mas fomos superiores”.