O SC Braga apresentou um resultado líquido negativo de 10,985 milhões de euros no Relatório e Contas referente à época 2024/25. Este cenário é justificado pela administração da SAD como parte de uma estratégia de longo prazo. Apesar do saldo negativo, a estrutura financeira do clube continua sólida, com um activo total que atingiu um recorde de 169,783 milhões de euros, um aumento de 1% em comparação ao ano anterior.
A gestão, liderada por António Salvador, sublinha que as perdas foram consequência de investimentos estratégicos em infraestruturas e no reforço desportivo da equipa. Tais investimentos resultaram em um aumento expressivo nas depreciações e amortizações, impactando diretamente os resultados finais, conforme indicado no relatório oficial. “Estes investimentos foram desenhados para garantir o crescimento futuro da sociedade”
, destacou o clube.
Prioridade à Competitividade do Plantel
Um dos pontos centrais do documento é a manutenção da base competitiva do plantel, que foi priorizada em detrimento de melhores resultados financeiros a curto prazo. A administração acredita que a preservação do talento interno é essencial para atingir os objetivos definidos, incluindo um possível regresso à UEFA Europa League na próxima época.
Além disso, os números da SAD tornam-se mais promissores quando se considera que os valores resultantes das vendas de Roger Fernandes e Simon Banza, que ocorreram após o fechamento do exercício financeiro, não estão contabilizados. Fernandes foi vendido ao Al-Ittihad da Arábia Saudita por 32 milhões de euros, com mais 2,5 milhões em bónus, e Banza foi para o Al Jazira dos Emirados Árabes Unidos por 8,5 milhões. Se contados, estes valores teriam revertido o resultado negativo e potencialmente colocado o Braga no positivo.
Resultados Financeiros e Sustentabilidade
A SAD também registou um EBITDA positivo de 6,162 milhões de euros, reforçando a ideia de uma estrutura financeira estável e capaz de suportar o futuro crescimento do clube, sem comprometer a sua competitividade em campo. Os capitais próprios do Braga são agora de 69,020 milhões de euros, indicando uma autonomia financeira de 41%, um fator que a diretoria considera vital para a continuidade do progresso do clube.
Com uma abordagem focada no investimento a longo prazo e na valorização do seu plantel, o SC Braga continua a traçar um caminho que promete desafios e oportunidades para a próxima época. Os adeptos poderão aguardar ansiosos pelo futuro, confiantes de que os esforços da administração resultarão em sucessos tanto no campeonato nacional como nas competições internacionais.