O Sporting está num bom momento
O Sporting está bem e recomenda-se. O presidente Frederico Varandas aproveitou, e bem, o momento para marcar posição. Na sequência da acusação de corrupção da Benfica SAD e de Luís Filipe Vieira, no caso dos e-mails, Varandas deu uma entrevista muito lúcida à RTP.
Para muitos, Frederico Varandas não ganhou nada ao atacar o eterno rival Benfica e, embalado, também o FC Porto, recordando o Apite Dourado e apontando o dedo a Pinto da Costa. No entanto, o autor considera que Varandas «fez bem». Afinal, «o futebol é muito volátil e o que está hoje cor de rosa amanhã pode estar cinzento».
O Sporting recupera a influência
O Sporting esteve décadas afastado dos títulos, perdendo influência e tornando-se «um fidalgo arruinado». Os «reis e poderosos eram os rivais», com os leões a serem apenas um «parceiro utilizado estrategicamente, conforme as conveniências». FC Porto e Benfica «definiam as regras».
Foi com este cenário que Frederico Varandas cresceu e isso «vincou na entrevista». Varandas «nunca esquecerá esses tempos» e sabe que os sportinguistas também não. «Por isso não podia perder a oportunidade de pôr o dedo na ferida». Marcou uma posição e isso «poder-lhe-á trazer benefícios futuros».
Varandas está mais confiante
Frederico Varandas «parece outro». Está «mais confiante» e os especialistas que o condenaram «após as (poucas) aparições públicas já têm mais dificuldades em apontar-lhe defeitos». O presidente «escolheu bem as palavras e foi certeiro na mensagem», tanto para fora como para dentro, nas questões desportivas e financeiras, como o «perdão da dívida da banca».
O autor «aprecia o estilo low profile de Varandas e elogia-lhe a forma como tem gerido o clube, delegando responsabilidades». Ao seu estilo, Varandas «tem conseguido levar a água ao seu moinho» e «foram muitos os obstáculos que encontrou, começando pelos internos». A «guerra que ganhou às claques após o ataque à Academia está mesmo a fazer escola».
Varandas assume protagonismo no Sporting
Varandas «não se cansa de elogiar e até agradecer a Rúben Amorim ou a Hugo Viana o trabalho desenvolvido», assim como já deu confiança a Bernardo Palmeiro e Flávio Costa. Apesar de ser «discreto» e «não procurar os holofotes», o autor considera que «está na hora de ter mais protagonismo». Afinal, «a última palavra é dele» e «ninguém questiona as suas escolhas». Varandas «acertou na mouche com Amorim e transfigurou o clube». Agora, «chegou a hora de ter mais poder, de assumir o futebol».