Maxi Araújo a "ganhar preponderância" no Sporting
Nuno Campos, de 49 anos, é o treinador adjunto de Renato Paiva no Toluca, do México, e trabalhou com duas das contratações do Sporting para esta temporada: o uruguaio Maxi Araújo e o português Paulinho.
Segundo Nuno Campos, Maxi Araújo, por quem os leões pagaram €13,6 milhões, «está a adaptar-se a uma nova realidade» e «vai ganhar preponderância com Rúben Amorim». «Maxi tem muita qualidade e apetência para o golo. Normalmente, os adeptos gostam muito dele e vai ganhar preponderância com Rúben Amorim. Ajudaria à sua integração marcar um golo e esteve perto no jogo com o Casa Pia, naquele livre que saiu por cima. Chuta muito bem e tem como arma forte, também, o cruzamento, como se viu em Eindhoven, com aquele centro para o Daniel Bragança finalizar. Tem uma atitude muito humilde, estando sempre disposto a aprender. Não tenho dúvidas de que vai ser um jogador preponderante», considera Nuno Campos.
O técnico português vê Maxi Araújo a fazer «todo o corredor» no sistema de três centrais do Sporting e a «ajudar a jogar por dentro, onde normalmente está Pedro Gonçalves». «É um lateral muito ofensivo e não tem receio de rematar. Ofensivamente, vai ser importante para a equipa», acrescenta.
Paulinho em destaque no México
Já Paulinho, que deixou o Sporting no verão para rumar ao Toluca, tem estado em destaque no México, como revela Nuno Campos. «Paulinho está muito bem. Não sei se as pessoas em Portugal têm noção do impacto brutal que ele está a ter no México. É o melhor marcador com oito golos, o melhor assistente, o que tem mais participações para golo e o que foi considerado mais vezes MVP. Está num momento de época extraordinário e é um profissional exemplar. Até se poderia falar na Seleção Nacional. Tenho alguns mexicanos que me dizem: 'quem nos dera que ele pudesse jogar na seleção mexicana'… Está muito contente, tem sido fantástico», conta.
Satisfação com o projeto no Toluca
Nuno Campos não se arrepende minimamente de ter escolhido prosseguir a carreira na Liga MX. «Estamos muito satisfeitos com este projeto. A equipa tem crescido bastante desde que chegámos aqui: estamos no terceiro lugar na fase regular e temos o segundo melhor ataque. Os adeptos reconhecem isso. O Toluca é um clube que não ganha há 14 anos e estamos a construir bases sólidas para acabar com isso. Além disso, temos valorizado jogadores, como aconteceu recentemente com a ida do Maxi Araújo para o Sporting. O futebol mexicano é o quarto mais visto no mundo, tem futebolistas de muita qualidade e os adeptos têm uma enorme paixão», classifica.
Futuro a treinar uma equipa principal
Nuno Campos, que foi treinador principal no Tondela e no Santa Clara, está convencido de que vai voltar a essa condição. «Há uma coisa que tenho como certa, voltar a ser treinador principal, só não sei quando nem onde. Tenho recebido abordagens e até mais do que isso, mas estou muito feliz aqui no México. No entanto, o futuro é sempre uma incógnita», diz quem se sente bem com a liberdade de que é dada, agora, por Renato Paiva. «No Toluca sinto-me um treinador principal, tenho autonomia dentro da equipa técnica liderada pelo Renato Paiva, um pouco à semelhança do que sucedia com o Paulo Fonseca», relata.