Dois dos principais clubes portugueses, o Sporting e o FC Porto, defenderam este sábado a permissão da venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol, argumentando que essa medida pode ajudar a reduzir os custos das equipas.
O Chief Financial Officer (CFO) do Sporting, Salgado Zenha, afirmou durante o Thinking Football Summit que «não tem impacto na receita fiscal» e que «as pessoas andam a beber desalmadamente antes de entrarem no estádio». Zenha lembrou que «clubes holandeses anunciaram recordes de receitas com catering de 10 milhões de euros, grande parte é álcool», enquanto o Sporting faz «pouco mais de um milhão de euros nos bares».
«Álcool dentro do estádio permitiria entrar com mais calma, dar mais receita aos clubes, é uma medida equilibrada e que tem zero impacto na receita fiscal. Foi politizada por temas de violência, mas não tem razão de ser», defendeu o dirigente do Sporting.
A mesma ideia foi partilhada por José Pedro Pereira da Costa, CFO do FC Porto, que considerou que a «autorização de álcool nos estádios» traria «as pessoas mais cedo para o estádio» e ajudaria a «criar mais receita no curto prazo e a mitigar alguns custos de contexto».
Apesar da posição dos dois clubes, a venda de bebidas alcoólicas nos recintos desportivos é atualmente proibida em Portugal, devido a preocupações com a segurança e a violência nos estádios.