O jogador do Milan, Rafael Leão, lançou luz sobre os eventos traumáticos que viveu durante a invasão a Alcochete em maio de 2018, em seu livro autobiográfico 'Smile'. O capítulo dedicado a este episódio revela a intensidade do terror e da violência que ele e seus colegas de equipa do Sporting enfrentaram.
Um Choque Inesperado
Rafael Leão descreve o momento de horror quando cerca de 50 pessoas encapuzadas invadiram o centro de treinos do Sporting, agredindo jogadores e equipa técnica. Ele recorda: «Ficámos em estado de choque, sem tempo para reagir. O próprio clube não levou as ameaças a sério, porque não tomou medidas de segurança».
O Clima de Terror
O jogador relata a sensação de terror que persistiu mesmo após o incidente: «Mesmo hoje em dia, se comentarem alguma foto do Sporting ou de um jogador do Sporting sou inundado com insultos, chamam-me de traidor. Vivi um inferno nessas semanas, até que rescindi o contrato de forma unilateral». Rafael Leão
Medidas de Segurança
Rafael Leão revela a falta de preparação para lidar com a situação: «Entre os jogadores que entraram no balneário reconheci alguns antigos colegas de equipa. Quando estás muito tempo com alguém, um capuz ou uma ‘balaclava’ não os tornam irreconhecíveis». Rafael Leão
Consequências Duradouras
O jogador destaca as consequências profundas que o incidente teve em sua vida: «Tinha 18 anos e fui obrigado a deixar o meu país». Rafael Leão foi forçado a sair do Sporting e buscar oportunidades no estrangeiro, primeiro no Lille e atualmente no Milan.