A Assembleia Geral da SAD do Sporting chegou ao fim com uma aprovação esmagadora da recompra de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), resultando na aquisição de 88% do capital social pela própria sociedade do clube. Com 99,98% dos votos dos presentes na reunião a favor da decisão, o Sporting garantiu a eliminação da dívida com os bancos e uma maior liberdade de gestão.
Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral, expressou a sua satisfação com os resultados alcançados: 'A aquisição dos VMOC's ao Millenium e ao Novo Banco permite que o Sporting fique totalmente liberto de dívida a bancos. E isso é uma bênção por si só. Não só porque a dívida à bancada é uma dívida que envolve outro tipo de responsabilidade e exigência, mas também porque o acordo que existia com os bancos, e isto é público, criava muitas limitações de manobra ao Sporting, designadamente relativamente a receitas extraordinárias.'
Além disso, Ayala destacou a importância de retirar dois grandes bancos do universo de credores do clube: 'A circunstância permitiu retirar dois bancos grandes e relevantes do universo de credores do Sporting. É um facto importante e que dá uma agilidade de gestão que não tinha até agora. É um passo necessário que o Sporting fique com 88% do capital da SAD e isso permite ponderar um conjunto de operações estratégicas para o futuro.'
No entanto, quando questionado sobre a possibilidade de contratar jogadores através de um empréstimo obrigacionista, Ayala negou categoricamente: 'O empréstimo obrigacionista não serve para esse propósito, em princípio. O valor máximo aprovado é de 50 milhões [de euros] e destina-se essencialmente a gestão corrente da SAD. Destina-se a cumprir alguma tranquilidade de tesoureira - não que ela não existisse sem o empréstimo obrigacionista -, mas sendo ele aprovado e havendo outros em curso, a ideia é utilizá-lo para gestão corrente. E não usar esse valor para fazer aquisições ou segurar jogadores.'