A recente mudança de treinador no FC Porto, com a entrada de Martín Anselmi, não trouxe os resultados esperados e, na verdade, a situação da equipa piorou. Desde a chegada de Anselmi, a equipa não apenas falhou em melhorar a média de pontos, mas também caiu na classificação, num cenário inédito para a equipa a meio de uma temporada desde 2001.
Até agora, Anselmi dirigiu a equipa em 12 jogos, conquistando apenas 21 pontos, uma média de 1,8 pontos por jornada, inferior à média de 2,2 pontos por jogo de seu antecessor, Vítor Bruno. Este contexto levanta preocupações entre os adeptos e a administração do clube, que já viu outros treinadores conseguirem resultados positivos em situações semelhantes.
Histórico de Substituições no FC Porto
O impacto desta mudança deve ser contextualizado dentro da história do FC Porto em termos de substituições de treinadores a meio da temporada. Historicamente, os sucessores têm conseguido estabilizar ou até melhorar a posição da equipa. Por exemplo, José Mourinho, que substituiu Otávio Machado na época 2001/02, levou o Porto do quinto ao terceiro lugar, conquistando 35 pontos em 15 jogos.
Da mesma forma, José Couceiro, em 2004/05, também melhorou a classificação, terminando com 28 pontos em 15 jornadas. No entanto, com a chegada de Anselmi, a tendência parece ter mudado, uma vez que as trocas posteriores, como as de Luís Castro em 2013/14 e José Peseiro em 2015/16, não conseguiram alterar a classificação, mas ainda apresentaram médias superiores aos números atuais de Anselmi.
Desafios Finais da Temporada
Agora, com apenas três jornadas restantes, Anselmi terá de garantir uma performance perfeita para evitar que a sua tenure se torne a menos eficaz desta década. O FC Porto está à beira de terminar a época em sua pior situação do século, um registo que seria alarmante para os adeptos e a administração do clube, que esperam um retorno aos dias de glória.
A pressão sobre Anselmi aumenta à medida que os jogos finais se aproximam, e as expectativas de uma recuperação da equipa são essenciais para a moral dos jogadores e dos adeptos. O que se espera agora é uma resposta imediata da equipa para evitar um desfecho que muitos considerariam inaceitável para um clube da dimensão do FC Porto.
O Sucesso do Sporting CP
Em contraste, o Sporting CP, sob a liderança de Rui Borges, está a viver um momento de grande sucesso. O Sporting de 2024/25 já marcou 83 golos na Liga, tornando-se a equipa mais eficaz neste século, apenas atrás da formação de Rúben Amorim da época anterior, que terminou com um total de 96 golos. Rui Borges superou os registos anteriores de Amorim e João Pereira ao atingir um total de 16 jogos, com 40 golos marcados e apenas dois empates em 16 partidas.
A última vitória expressiva sobre o Boavista (5-0) não apenas destacou Viktor Gyökeres, mas também consolidou um registo de golos que não se via no Sporting desde 1951/52, quando marcaram 80 ou mais golos em duas épocas seguidas. O clube está apenas a quatro golos de entrar para o top-10 de melhores registos de golos numa única época, um feito que representaria um renascimento significativo após anos de ineficácia.
Enquanto isso, as mudanças e incertezas no FC Porto mostram que nem toda a troca de comando resulta em um aumento de desempenho ou moralização da equipa. A gestão e a escolha de treinadores continuam a ser elementos críticos para o sucesso em campo, refletindo diretamente na performance e na confiança dos jogadores.
