Câmaras adicionais surpreendem e geram dúvidas
As dúvidas sobre o funcionamento do sistema de videoarbitragem (VAR) voltaram a estar em destaque, após o FC Porto ter pedido esclarecimentos ao Conselho de Arbitragem (CA) sobre o aparecimento de câmaras adicionais às utilizadas regularmente para a transmissão de jogos, como aconteceu no encontro entre o Aves SAD e o Sporting.
Os dragões já haviam solicitado explicações ao antigo presidente do CA, Fontelas Gomes, em meados de setembro de 2024, depois de um jogo da equipa B contra o Penafiel. Agora, a «batata quente» passou para as mãos de Luciano Gonçalves, o novo presidente do órgão.
Objetivo reforçar auxílio ao árbitro
No entanto, as câmaras que determinaram a legalidade do golo de Diomande no Aves SAD-Sporting não são novidade. Embora tenham surpreendido a maioria dos espectadores por estarem instaladas numa das torres de iluminação, sabe-se que não são exclusivas daquele estádio.
As câmaras adicionais pertencem à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), responsável pela operacionalização do VAR, e foram colocadas em recintos com menos condições, como o do Penafiel, da Oliveirense e até alguns da Liga 3, com o objetivo de reforçar o auxílio prestado ao árbitro a partir da Cidade do Futebol. Nas principais praças, como o Dragão, a Luz e Alvalade, não são consideradas necessárias, uma vez que a produção de um jogo destes clubes já conta normalmente com mais de nove câmaras a gravar e transmitir imagens.