As eleições para os órgãos sociais do Vitória de Guimarães, que irão definir a liderança do clube para o triénio 2025/28, têm sido marcadas por um ambiente de crescente tensão. Luís Cirilo, candidato pela Lista A, fez duras críticas ao atual presidente, António Miguel Cardoso, que lidera a Lista B.
Acusações de falta de transparência
Em conferência de imprensa, Cirilo acusou a atual direção de falta de transparência e respeito. Segundo o candidato, quando formalizaram a candidatura, entregaram uma lista de documentos que pretendiam obter da direção, mas passados 19 dias ainda não receberam qualquer informação. Numa reunião realizada na semana passada, Cirilo afirma que os representantes da Lista A saíram «com uma mão cheia de nada», sem as explicações solicitadas.
O candidato pela Lista A lembrou que, há três anos, António Miguel Cardoso prometeu realizar uma auditoria, inclusive às suas próprias contas, mas essa promessa não foi cumprida. «Nem um balancete nos deram. Porque é que não fez? Do que é que tem medo?», questionou Cirilo, acrescentando que esta falta de transparência deve pesar na decisão dos sócios.
Preocupação com o futuro do clube
Cirilo disse-se «profundamente preocupado com a situação desportiva e financeira» do Vitória, alertando que, se a atual direção continuar no mesmo caminho, poderá ser necessário vender a maioria do capital social do clube para garantir a sua viabilidade financeira. «Nesse dia, encostados à parede, podemos ter de optar por isso e dizemos adeus ao Vitória que conhecemos há 102 anos», avisou.
Confrontado com a divulgação, esta terça-feira, dos últimos dados financeiros da SAD do Vitória, Cirilo lamentou que a Lista A não tenha recebido qualquer informação oficial. «A falta de respeito continua», afirmou, acusando a atual direção de ter um «comportamento de adolescente» ao publicar os dados sem os informar previamente.