A partida de Jorge Nuno Pinto da Costa, figura incontornável do futebol nacional, gerou uma série de reações e, sobretudo, de silêncios que se tornaram bastante significativos. Pinto da Costa liderou o FC Porto durante 42 anos, transformando o clube num símbolo nacional e internacional, com uma impressionante série de conquistas.
A Projeção do FC Porto
O modo como Pinto da Costa conduziu o FC Porto, de forma aglutinadora e fechada num discurso de bairrismo, foi fundamental para a projeção do clube além-Douro. Essa dinâmica de vitórias e notoriedade atraiu sucessivas gerações de adeptos, que se identificavam com a imagem de um clube vencedor e influente.
«Pinto da Costa estabeleceu laços de cooperação e amizade com figuras históricas como Fernando Martins, do Benfica, e Sousa Cintra, do Sporting.» Nesse sentido, o silêncio dos atuais presidentes Rui Costa e Frederico Varandas perante a sua morte é revelador.
A Ausência de Homenagens
Esse silêncio demonstra que os líderes do Benfica e do Sporting pouco se importam com a possibilidade de um clima mais transparente e tranquilo no futebol português. Ao não emitirem sequer uma breve nota de pesar, perderam a oportunidade de mostrar uma atitude de diplomacia desportiva, algo comum noutros países, mas que parece distante da realidade portuguesa.
A História do futebol português dificilmente se lembrará de Rui Costa e Frederico Varandas como grandes dirigentes, mas certamente marcará Jorge Nuno Pinto da Costa como o «Presidente dos Presidentes», graças à sua longa e bem-sucedida liderança do FC Porto.