João Pinto regressa ao Museu do FC Porto para celebrar os 25 anos do Penta
O antigo capitão do FC Porto, João Pinto, esteve presente esta segunda-feira na abertura de uma exposição temporária do Museu do FC Porto sobre os 25 anos do Penta - os cinco campeonatos conquistados pelo clube entre 1995 e 1999. João Pinto juntou-se aos ex-colegas Rui Barros, Semedo e Bandeirinha para relembrar essa época de glória.
O futebol mudou muito desde a época de João Pinto
«No meu tempo assinávamos por 5, 6 anos, estávamos à espera que o contrato acabasse, para renovar novamente. Hoje em dia é totalmente diferente. Sem menosprezar ninguém, sem dizer do mal de ninguém, o que eu costumo dizer é comprar por 10 e vender por 20. Normalmente um clube quando vai buscar um jogador, assina por 4 ou 5 anos, mas terá de o vender no final do terceiro, porque se não, mais ano, menos ano, podem ir de borla, em vários clubes já isso aconteceu.», afirmou João Pinto, destacando a evolução do mercado de transferências.
O legado de valores do FC Porto
João Pinto acredita que o FC Porto teve a sorte de, ao longo dos anos, ter a «tal mistura de valores serem passados de jogador para jogador». «Lembro-me perfeitamente de ter passado ao Jorge Costa, depois ele com o Vítor Baía e por aí fora, e isso trouxe ao FC Porto, nessa altura, grandes trunfos para que conseguisse ombrear com os rivais da Lisboa, sem desprezo para ninguém.»
A conquista do Penta e os objetivos futuros do FC Porto
Questionado sobre a possibilidade de o FC Porto repetir o feito dos cinco títulos e troféus, João Pinto afirmou: «Espero bem que sim, mas tem que pensar num título de cada vez. Ou melhor, ganhar jogo a jogo e depois, no final dos campeonatos, fazer as contas se deu para ficar em primeiro ou não. Pensar numa coisa de cada vez.»
Sobre a possibilidade de o FC Porto voltar a conquistar títulos europeus, nomeadamente a Liga Europa, João Pinto disse: «Neste momento, pelo plantel que tem, pela equipa que tem, uma equipa jovem, está a construir uma equipa para o futuro. Falta saber se vai conseguir manter estes jogadores durante muitos anos. Claro que uma equipa muito forte não se faz de uma época para a outra. Estou convencido de que as pessoas que estão à frente, o seu presidente e as pessoas que trabalham com ele, com o plantel que conseguiram este ano, é a pensar, se calhar, no próximo ano.»