Uma oportunidade para jogadores sem clube
O Estágio do Jogador, na sua 22ª edição, decorre até 30 de agosto e está aberto a todos os jogadores que ainda não tenham encontrado clube para a nova época. Este programa, organizado pelo Sindicato de Jogadores (SJ), tem vindo a demonstrar resultados positivos, tendo já colocado 763 atletas em 21 edições anteriores, o que representa uma taxa de colocação de 62%, segundo o presidente do SJ, Joaquim Evangelista.
«Aqueles jogadores que estão em casa, indecisos, aproveitem. Venham aqui e treinem, façam os jogos de exibição. Estão aqui reunidas as condições para rapidamente arranjarem emprego», garantiu Evangelista.
Uma mensagem de esperança e determinação
O treinador Paulo Lopes, que aceitou o desafio de liderar a equipa técnica deste estágio, explicou que o objetivo é «passar uma mensagem positiva, para continuarem a acreditar e esperarem que algo de bom aconteça».
«Em vez de estarem sozinhos, aqui têm um espaço onde treinam com mais colegas, de níveis diferentes, que trazem situações diferentes. Faz sentido virem, pois os treinos são preparados ao pormenor, para ajudá-los em todos os sentidos, individualmente, tecnicamente e taticamente», vincou Paulo Lopes.
Diversidade de origens e experiências
Entre os 20 jogadores presentes no primeiro dia de trabalhos, a Liga 3 foi o escalão competitivo mais elevado que disputaram na época passada, mas há também vários elementos que regressam de experiências no estrangeiro, como é o caso de Evendro Brandão, avançado de 33 anos que fez «parte da formação» no Manchester United e jogou recentemente na Indonésia.
«Foi uma decisão relativamente fácil. Venho acompanhando o trabalho do SJ e dos estágios que têm feito. E no momento em que vi que voltava a haver estágio este ano, não pensei muito», admitiu Evendro Brandão.
Diversidade enriquece o estágio
Kadú, antigo guarda-redes do FC Porto que jogou a última época no Oliveira do Hospital, destacou a «particularidade do futebol de unir pessoas de vários estratos» e a importância dessa diversidade de origens e escalões competitivos nos trabalhos do estágio.
«Quando encontramos jogadores de realidades muito diferentes, depois, lá dentro do campo, não se percebe. O futebol tem essa particularidade de unir pessoas de vários estratos e isso é importante», comentou o jogador de 29 anos.