Na sua saída do comando do FC Porto, Sérgio Conceição e outros dirigentes do clube proclamaram estar apenas a defender os «superiores interesses» da instituição que representam. No entanto, segundo o autor do texto, tudo não passou de «uma valente treta».
Assiste-se nos últimos dias a «um festival de comportamentos contraditórios» de figuras que «deitaram borda fora a habitual compostura e cordialidade institucional» para se envolverem num «folhetim de faca e alguidar» e numa «lavagem de roupa suja» que chegou a envolver familiares próximos. O autor atribui este cenário à «era das redes sociais», onde «ninguém consegue conter-se» e todos têm de «vomitar ali, por trás da segurança intocável de um ecrã, os seus egos».
Interesses pessoais acima dos do clube
De acordo com o texto, o ego de Sérgio Conceição, de Pinto da Costa, de André Villas-Boas e de Vítor Bruno estiveram «acima de qualquer outra coisa», em detrimento dos «interesses superiores do FC Porto». O autor afirma que, no final, «é cada um por si, num mundo cada vez mais vampiresco de salve-se quem puder».
Problema extrapola o futebol
Esta situação, no entanto, não se limita apenas ao futebol, pois o autor acredita que deputados, autarcas, médicos, professores, jornalistas e outros profissionais também colocam, em grande número, «os interesses pessoais de cada um acima das instituições» que representam. Seria, segundo o texto, «muito ingénuo» pensar o contrário.
Portanto, a saída de Sérgio Conceição do FC Porto parece ter sido marcada por uma disputa de egos entre as principais figuras do clube, com os interesses pessoais a sobreporem-se aos do próprio FC Porto.