Freddy Guarín, ex-jogador do FC Porto, deu uma entrevista reveladora à revista colombiana Semana, na qual abriu o seu coração sobre a sua batalha contra o alcoolismo.
O antigo médio, que fez parte da equipa do FC Porto que conquistou tudo em 2011, incluindo a Liga Europa sob o comando de André Villas-Boas, admitiu o seu vício: «Sou alcoólico, cem por cento. Sou admito, admito. Sou um viciado em recuperação. Mas aprender a sair disto é altamente motivador.»
Início do problema durante a carreira
Guarín explicou que o seu problema com o álcool começou ainda quando era jogador profissional: «Fui alcoólico social durante vários anos em que joguei futebol. Foi aí que o meu comportamento começou e que tomei decisões erradas.»
Após sair do Millonarios, o ex-futebolista diz que chegou ao ponto mais baixo da sua vida: «Quando saí do Millonarios, toquei no ponto mais baixo, porque durante caí no fundo do meu vício. Não trabalhei, perdi a minha dignidade, o meu círculo social próximo, a confiança dos entes queridos e o que tenho de mais importante e valioso, que são meus três filhos. Perdi muitas coisas de enorme valor.»
A recuperação e o processo de reabilitação
Atualmente, Guarín garante que está a recuperar e a tentar viver a vida como uma pessoa normal: «Cheguei a um ponto em que não conseguia mais continuar com aquele estilo de vida e tive de pedir ajuda. Antes tinha tentado várias vezes recuperar, mas tinha sempre uma recaída. Tive de desistir e entregar-me ao meu eu superior e a alguns profissionais com quem estou a trabalhar para poder remediar muitas coisas.»
O antigo jogador do FC Porto diz que o álcool lhe custou tudo: «Perdi o meu casamento, perdi a minha casa e a minha família. Tudo por causa do álcool, porque enquanto eu consumia, tomava decisões erradas.»
Um tratamento definitivo
Guarín está atualmente entregue a um centro de desintoxicação, onde trabalha dez horas por dia com um grupo de profissionais. «Preciso antes de mais de reconquistar a confiança em mim mesmo, a confiança dos meus filhos e dos meus familiares. Aceitar é o ponto principal. Não consegui sozinho e deixei que me ajudassem. Estou nesse processo. Posso dizer com segurança que este tratamento é o definitivo. Já bati às porta do inferno e não é nada bom», concluiu.