Segundo Francisco J. Marques, o Conselho de Disciplina tem demonstrado uma clara diferença de critérios ao lidar com declarações de dirigentes de diferentes clubes. O dirigente portista exemplificou o caso de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, que escreveu que a verdade desportiva nem sempre imperou durante o ano. O Benfica fez uma denúncia, o Conselho de Disciplina abriu um processo disciplinar, mas acabou por arquivá-lo por falta de relevância disciplinar.
No entanto, Francisco J. Marques apontou que a situação foi diferente quando Frederico Varandas, presidente do Sporting, fez declarações semelhantes. Varandas afirmou que, se o árbitro João Pinheiro fosse avaliado apenas pelos jogos do Sporting, talvez fosse despromovido. O Conselho de Arbitragem fez a queixa e o Conselho de Disciplina arquivou o caso secretamente.
Francisco J. Marques questionou a razão pela qual as declarações de Varandas foram arquivadas enquanto as de Pinto da Costa resultaram na instauração de um processo disciplinar. Ele enfatizou a gravidade das declarações de Varandas, que insinuavam que João Pinheiro tinha prejudicado sistematicamente o Sporting de forma intencional.
O diretor de comunicação do FC Porto não poupou críticas à situação, expressando indignação e exigindo explicações: 'Não vou calar o meu direito à indignação com este comportamento anómalo, com esta diferença de tratamento que salta à vista e que exige explicações. O processo disciplinar a Frederico Varandas tinha de ser aberto, depois poderia ser arquivado, mas tinha de ser aberto'.
Francisco J. Marques concluiu afirmando que 'a luta desportiva nunca é apenas dentro do campo' e fazendo referência às constantes interpretações malignas que afetam o FC Porto e todos os seus protagonistas, tanto dentro como fora do campo.