No último jogo, Carlos Vicens, treinador do Sp. Braga, analisou o desempenho da sua equipa na conferência de imprensa pós-jogo. Vicens descreveu a eliminatória como difícil, destacando que a equipa está apenas na sua sétima semana de trabalho: “Foi uma eliminatória difícil, jogámos numa fase com sete semanas de trabalho a tentar implementar as nossas ideias. Jogámos 120 minutos em condições que ainda não são as melhores. O nível de preparação física ainda não é o melhor, mas temos de jogar partidas importantes já nesta fase; o adversário já tem mais minutos somados. Estou francamente contente pelo esforço e pela capacidade de o grupo disputar estas eliminatórias. Estou contente por eles, que foram recompensados com a vitória. Conseguimos o objetivo”.
Além disso, o técnico abordou as dificuldades em criar oportunidades no ataque, afirmando: “O que faltou foi colocar a bola na baliza, criámos várias situações”. A estreia do jovem Sandro Vidigal também recebeu destaque, com Vicens a sublinhar o seu potencial: “É um jogador jovem, que conhecemos bem desde a pré-época. Sabemos que vai crescer e está preparado para ter oportunidades e para nos ajudar. Acabou por ajudar, é um jogador com muito futuro, um futuro brilhante”.
Dificuldades no Ataque
Vicens explicou a escolha da sua estratégia, que não incluiu um ponta de lança fixo durante o jogo. “Jogámos sem um ponta de lança de raiz porque sabíamos que contra este adversário os espaços seriam esses e acabámos por nos sair bem. Permitiu ao Ricardo Horta ter mais mobilidade. Mas, não conseguimos transformar em golos”, revelou. O treinador reconheceu o talento de Fran Navarro, que decidiu a partida: “É um jogador que na área tem o talento especial para encontrar oportunidades... Marcar golos dá confiança”.
Visão do Adversário
Julio Velázquez, técnico do Levski Sofia, teve uma postura positiva sobre a performance da sua equipa, apesar da derrota. “Destaco que foi uma grande partida. Acabei de dizer na entrevista rápida para a televisão que jogámos com um Braga que pode comprar jogadores por 12 ou 15 milhões e teve em campo jogadores avaliados em 40 milhões. Mas, não se notou grande diferença em campo”, comentou Velázquez, ressaltando o esforço da sua equipa.
O técnico do Levski também reconheceu que a sua equipa teve várias oportunidades claras, afirmando: “Tivemos algumas situações claríssimas, mas não marcámos. Foi o que faltou. Parabéns a todo o grupo. Penso que se tivéssemos marcado seria difícil consentir o empate, porque esta equipa tem muita competência. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores, pelo seu trabalho, e muito agradecido aos nossos adeptos”.
Momento Crítico
Durante o jogo, Velázquez mencionou um momento crucial que poderia ter mudado o rumo da partida: o possível penálti de Paulo Oliveira. “Posso estar equivocado, mas a sensação que tenho é que seria penálti. Foi com a sensação que fiquei, no relvado, mas como disse, posso estar equivocado”, disse o treinador, refletindo sobre a decisão do árbitro.
Ambos os treinadores já olham para o futuro e para os desafios que se avizinham. Vicens preparou-se para a próxima eliminatória contra o Cluj, afirmando: “Espero uma eliminatória difícil e, para ser honesto, em futebol não sei o que é ser favorito”. Velázquez, por seu lado, sublinhou a necessidade de focar nas próximas competições: “Caímos da Liga Europa, temos de estar já preparados para domingo, e continuamos nas competições europeias, na Liga Conferência”.