Defesa no processo Saco Azul nega esquema de circulação de dinheiro no Benfica

  1. Rui Patrício: “não há nada que evidencie a tese da acusação”
  2. MP acusa ex-presidente Luís Filipe Vieira de liderar esquema de desvio de 1,8 milhões de euros
  3. Defesa alega que não há provas das razões dos levantamentos em numerário
  4. Próxima sessão de alegações: 8 de janeiro de 2026

O julgamento do processo Saco Azul tem acompanhamento cerrado, com novas alegações a surgirem. O advogado Rui Patrício, defensor da Benfica SAD e de outros arguidos, argumentou no tribunal que “não há nada que evidencie a tese da acusação” de que existiu um esquema de circulação de dinheiro no clube. As suas declarações lançam dúvidas sobre a robustez das provas apresentadas pelo Ministério Público.

Na primeira parte das alegações finais, o advogado salientou que o recurso à prova indireta “só permite um grau de inferência” e não vários, questionando a validade das conclusões da acusação.

Contratos sob suspeita

O processo investiga levantamentos em numerário na esfera da Questãoflexível, empresa que celebrou contratos de consultadoria informática com a Benfica Estádio. O Ministério Público (MP) acredita que esses contratos eram fictícios e serviram para desviar fundos.

Segundo a acusação, liderada pela procuradora do julgamento, o ex-presidente Luís Filipe Vieira terá liderado um esquema que permitiu aos arguidos retirarem mais de 1,8 milhões de euros do Benfica, que posteriormente terão regressado ao clube em numerário.

Defesa Apresenta Contra-Argumentos

Rui Patrício argumenta que “não foi produzida nenhuma prova sobre as razões” dos levantamentos em numerário na esfera da Questãoflexível. Para o advogado, não é possível concluir que se trata de dinheiro do e para o Benfica, até porque, segundo o advogado, há levantamentos muito antes e depois dos contratos com a Benfica Estádio.

O advogado reconheceu que a situação pode parecer estranha e levantar dúvidas, mas insistiu: “É estranho? É. Deixa dúvidas? Deixa. Tenho teses? Várias, mas não posso concluir por nenhuma. Nenhuma delas tem suporte probatório, é completamente especulativo”.

Rui Patrício acrescentou que a Questãoflexível tinha “outras fontes de rendimento” além do Benfica e não foi constituída na proximidade temporal do primeiro contrato sob suspeita, celebrado em dezembro de 2016.

A defesa destes quatro arguidos vai continuar a alegar a 8 de janeiro de 2026, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, tendo Rui Patrício antecipado que a conclusão será pela inocência dos seus clientes.

Sporting prepara jogo da Taça com seis desfalques

  1. Sporting prepara jogo contra o Santa Clara nos Açores.
  2. Quatro jogadores lesionados: Debast, Nuno Santos, Quenda e Pedro Gonçalves.
  3. Diomande e Geny Catamo convocados para a CAN.
  4. Jogo agendado para quinta-feira, às 18h45.