Consolidação no Braga
Vítor Carvalho avança para a sua segunda época no Braga com a ideia de se afirmar ainda mais na equipa. O médio brasileiro teve uma forte utilização na primeira temporada, mas acabou por completar muitos jogos de forma incompleta. Antes de chegar a Braga, Vítor Carvalho tinha-se destacado no Gil Vicente, onde chegou a ser goleador, virtudes que agora procura recuperar.
Após um período de descanso no Rio de Janeiro, onde «respirou dias de puro relaxamento» e assistiu ao clássico Vasco-Flamengo, Vítor Carvalho prepara-se agora para uma época «dura», de «novo enquadramento na realidade do Braga», perante a liderança de um treinador que será «espelho da juventude e ambição».
Reencontro com Daniel Sousa
O médio-defensivo, natural de Palmas (Tocantins), que apenas conhecia as cores do Coritiba antes de se mudar para Portugal, «responde perante Daniel Sousa» com a sua época mais concorrida em Portugal, com um total de 44 jogos, 29 deles como titular. Vítor Carvalho chegou a marcar um golo na sua época de estreia na Pedreira, após ter sido uma «contratação muito desejada por Artur Jorge», devido ao que o treinador vira do médio em Barcelos.
É esse passado no Gil Vicente que também aumenta a curiosidade em torno da «versão bracarense de Vítor Carvalho sob liderança de Daniel Sousa», técnico que o dirigiu em 22 jogos na época 2022/23 e conseguiu potenciar a sua faceta goleadora, com o médio a assinar quatro golos nesse período. Além do «papel taticamente imprescindível» de Vítor Carvalho, o novo técnico dos guerreiros conseguiu ainda fazer do médio «unidade de valor acrescentado na frente», algo que não se viu na Pedreira, onde esteve «muito refém de tarefas defensivas e pouco solto para fazer a diferença em transições ou aproximações à área».
Ambição e concorrência
Vítor Carvalho, «refinado com bola e seguro no controlo das linhas de marcação», provou no Gil Vicente «ter uma amplitude maior do que as suas exibições em Braga sugerem». E é também um jogador que o novo técnico tem «consciência de poder conduzir a patamares exibicionais mais vistosos e vantajosos na dimensão competitiva dos minhotos».
O brasileiro parte com a «vantagem de ser o médio de raiz defensiva que transita da última época, e com o capital acrescentado de confiança do treinador, por já ter existido um capítulo conjunto». Se Daniel Sousa optar por jogar com «um seis puro e ter João Moutinho mais livre para ajudar a fazer circular», Vítor Carvalho «espreita o seu normal ascendente já a partir da pré-época». Sabe, no entanto, que terá a concorrência de Djibril Soumaré, que «brilhou na equipa B», e de Thiago Helguera, o reforço anunciado pelo Braga e que «tem competências defensivas, chegando com elevado cartaz».