Eleições do Benfica: Noronha Lopes Critica MAG e Propõe Condições

  1. João Noronha Lopes critica a MAG
  2. Eleições agendadas para 25 de outubro
  3. Quatro condições para eleições justas
  4. Regulamento Eleitoral de 2021 em vigor

As tensões em torno das eleições da presidência do Benfica aumentaram após as críticas do candidato, João Noronha Lopes, à Mesa da Assembleia Geral (MAG), presidida por José Pereira da Costa. Noronha Lopes acusou a MAG de violar “a lei geral e os Estatutos”, argumentando que os sócios não tiveram a oportunidade de apresentar alterações ao Regulamento Eleitoral, que foi reprovado recentemente. “Os novos Estatutos do Benfica, amplamente debatidos e aprovados por uma esmagadora maioria dos sócios, preveem que as eleições se regem pelo disposto em regulamento eleitoral aprovado em Assembleia Geral, sob proposta da Direção”, salientou Noronha Lopes, indicando a necessidade de um processo mais transparente e legítimo, contrapondo-se ao que considera um procedimento inadequado da MAG.

A MAG confirmou que as eleições agendadas para o próximo dia 25 de outubro irão realizar-se segundo o Regulamento Eleitoral de 2021, o que para Noronha Lopes suscita questionamentos sobre a legitimidade do processo. “Efetivamente, e de acordo com os atuais estatutos, aprovados em março, e conforme é indicado no artigo 48.º, as eleições para os órgãos sociais regem-se segundo o disposto em Regulamento Eleitoral, a aprovar em Assembleia Geral, sob proposta da Direção”. Isso lança dúvidas sobre a transparência e a integridade do ato eleitoral.

Condições para Eleições Justas

O candidato Noronha Lopes não se ficou apenas pelas críticas, tendo também delineado quatro condições mínimas que considera essenciais para garantir eleições justas na data prevista. “1. Garantir o acesso imediato, pelas candidaturas, aos cadernos eleitorais, bem como meios de fiscalização dos incidentes de recuperação de número de sócio e de pagamento de quotas atrasadas até 23 de Outubro; 2. explicitação da necessidade de o eleitor apresentar, no momento do sufrágio, para além do cartão de sócio, um documento de identificação válido segundo a lei do foro; 3. concretização dos procedimentos de contagem dos votos nas mesas, bem como os de selagem e transporte, estes para efeitos de recontagem; 4. neutralização do risco de votação duplicada e fraude eleitoral, mediante a impressão dos cadernos eleitorais e da criação de um protocolo de baixa do eleitor após o exercício do direito de voto”, destacou Noronha Lopes, mostrando assim a intenção de colaborar para mitigar a insegurança jurídica.

Este contexto é fundamental considerando que o Regulamento Eleitoral de 2021, que permanece em vigor, estipula que “a votação será efetuada por meio de voto físico em papel e depositado na respetiva urna”. Dado que o Benfica já publicou a convocatória para a Assembleia Geral Eleitoral, onde são enumeradas as secções de voto no Continente, Regiões Autónomas e Estrangeiro, a proximidade das eleições pode intensificar ainda mais estas tensões.

A Luta pelo Poder

Estes desenvolvimentos não apenas ilustram a luta pelo poder dentro do clube, mas também levantam questões sobre a administração e governança no desporto em Portugal. A capacidade de Noronha Lopes para garantir um processo eleitoral justo será fundamental não apenas para a sua candidatura, mas também para a confiança dos sócios em toda a estrutura do clube.

Com as eleições à porta, a pressão sobe sobre todos os envolvidos. As reacções à postura da MAG e as demandas de Noronha Lopes podem moldar o futuro imediato do Benfica, um dos clubes mais emblemáticos do país. O desfecho deste processo pode ter repercussões que vão além do clube, afectando a imagem do desporto em Portugal.