Vitinha, médio do Paris Saint-Germain (PSG), destacou em entrevista exclusiva a rádios francesas a importância do FC Porto na sua formação e no desenvolvimento da sua carreira profissional. O jogador português sublinhou a mentalidade de rigor e trabalho que lhe foi incutida desde os tempos de formação no clube portista.

Desde que chegou ao PSG, Vitinha tem sido uma peça fundamental na equipa, refletindo os valores que aprendeu e valorizando as oportunidades de crescimento e sucesso ao nível internacional que o clube francês oferece.

A formação e a mentalidade portista

Vitinha recordou a sua passagem pelo FC Porto como fase crucial para a sua formação, destacando a disciplina e a ética de trabalho que o clube imprime aos seus jogadores desde tenra idade. “Fui muito bem formado no FC Porto. Desde pequenos tentam incutir-nos uma certa mentalidade, rigor e forma de trabalhar”, afirmou o internacional português.

Esta mentalidade, acrescentou, manteve-se com ele mesmo nos momentos mais difíceis da carreira. “Essa mentalidade mantém-se quando te tornas profissional, é o mínimo que se deve ter. Sempre o tive em mim, mesmo no Wolverhampton, quando as coisas não corriam bem. Obrigo-me sempre a tê-la”, revelou Vitinha.

Transição e evolução na carreira

Vitinha fez uma análise sincera das diferentes fases do seu percurso profissional, dividindo-o em três etapas que foram decisivas para a sua evolução como jogador. “O FC Porto foi a escola, o Wolverhampton o teste, e o PSG a consagração”, explicou o médio.

Quanto à mudança para o PSG, Vitinha reconheceu que a realidade do clube francês é diferente da do FC Porto, oferecendo mais oportunidades para alcançar títulos de prestígio e maior reconhecimento internacional. “A chegada ao PSG foi diferente do FC Porto, que é um grande clube, mas o PSG oferece mais oportunidades de ganhar troféus como a Liga dos Campeões e de ser mais reconhecido internacionalmente”, referiu.

Aprendizagens em Paris com Verratti

Durante o seu percurso no PSG, Vitinha destacou o aprendizado que teve ao partilhar o balneário e o relvado com jogadores de topo, em particular com Marco Verratti. “Desde o primeiro ano em Paris (em 2022), com todos os grandes jogadores, até ao Wolverhampton, aprendi muito em vários aspetos, para ser mais sólido e conseguir fazer as épocas que tenho feito”, contou.

Sobre Verratti, o médio português foi bastante elogioso: “Foi um prazer, um privilégio partilhar o campo com ele. Ainda me considero jovem, mas naquela altura era ainda mais. Tinha acabado de chegar. Jogar com ele no meio-campo foi mesmo um privilégio. Era um médio 100 por cento completo, tinha tudo: defesa, ataque, visão, técnica... Um médio total”.

Vitinha concluiu dizendo: “Gostei muito de jogar com ele. Senti que nos completávamos bem. É pena não termos jogado mais vezes juntos, mas fiquei muito feliz por ter partilhado o campo com ele. É um mágico e um grande médio”.

Desde a sua chegada ao PSG, em 2022, Vitinha já conquistou uma Liga dos Campeões, uma Supertaça Europeia, três campeonatos franceses e diversos outros troféus. Estes feitos confirmam o impacto da formação portista na construção do jogador e o seu percurso de sucesso internacional.