Eleições no Benfica: Debate entre os Candidatos

  1. Cristóvão Carvalho critica voto eletrónico
  2. João Diogo Manteigas propõe reestruturação
  3. Carvalho defende voto universal
  4. Manteigas quer redução de clubes na liga

As eleições para a presidência do Sport Lisboa e Benfica estão a gerar um intenso debate entre os candidatos, especialmente no que diz respeito às reformas propostas e à inclusão dos sócios. Cristóvão Carvalho, candidato à liderança do clube, expressou preocupações sobre o modelo de votação atual, que considera discriminatório, uma vez que permite o voto eletrónico apenas a sócios nas Regiões Autónomas e no estrangeiro.

Carvalho criticou a falta de um sistema universal, afirmando que, ““comigo presidente, o voto eletrónico será universal e real. Seguro, auditável, aberto a todos os sócios — Lisboa, Porto, Newark, Luanda, Genebra, Paris ou Toronto, todos com o mesmo direito e a mesma facilidade””.

O Voto Eletrónico e a Inclusão dos Sócios

Na sua intervenção, Carvalho sustentou a sua posição argumentando que a atual liderança tem evitado o tema do voto eletrónico, dizendo que ““durante anos, a liderança do clube desconversou, adiou e fugiu ao tema””. Nesse contexto, ele fez um apelo claro: ““Ou o voto eletrónico é garantido já nestas eleições, ou ficará claro para todos quem quer um Benfica moderno e participativo… e quem tem medo da democracia e vive num mundo obsoleto””.

As Propostas de João Diogo Manteigas

Enquanto isso, João Diogo Manteigas, também candidato, propôs uma reestruturação dos quadros competitivos da I e II Ligas, defendendo uma transformação profunda no futebol português. Manteigas afirmou que ““a centralização dos direitos audiovisuais, sem uma prévia requalificação dos quadros competitivos profissionais, não serve os interesses do futebol português””. Ele criticou a recente proposta da Liga Portugal, que foi enviada à Autoridade da Concorrência, lamentando a falta de transparência no processo.

No entendimento de Manteigas, o futebol nacional não pode simplesmente seguir modelos de ligas estrangeiras sem considerar as suas particularidades. Ele propôs várias mudanças, incluindo a redução do número de clubes na Primeira Liga para 16 na época 2027/28 e depois para 14 na época 2028/29. Adicionalmente, sugere a criação de uma fase adicional na Primeira Liga, onde os clubes se dividirão em dois grupos para a disputa do título e manutenção.

Um Futuro Competitivo para o Futebol Português

Manteigas afirmou que este novo modelo é vital para o futuro do desporto em Portugal, referindo: ““Esperamos que esta proposta de requalificação dos quadros competitivos constitua um ponto de partida de uma discussão séria, estruturada e realista com vista ao aumento de competitividade das competições profissionais nacionais””. Ambos os candidatos, Carvalho e Manteigas, exploram temas fundamentais para a evolução do clube e do futebol português, prometendo modernização e maior inclusão dos sócios.

O que está em jogo não é apenas a liderança do Benfica, mas também a forma como o futebol é gerido em Portugal, refletindo os interesses e as necessidades de todos os seus adeptos. Com discursos contundentes e propostas inovadoras, a expectativa é alta para as próximas movimentações nessas eleições e as suas potenciais implicações para o futuro do clube.