O Benfica reagiu de forma contundente a um estudo apresentado sobre a sua situação financeira nos últimos anos. Em comunicado, o clube da Luz afirma que o estudo é «irresponsável, superficial e que confunde conceitos básicos de gestão desportiva e económica».
O Benfica lamenta ainda que o estudo, anunciado como universitário, tenha sido apresentado «não na universidade, mas numa sala pequena de uma unidade hoteleira de luxo», questionando quem o encomendou e financiou. O clube garante que «estará sempre disponível para prestar informações e colaborar em estudos científicos e universitários» e que, se tivesse sido contactado, «teríamos assim evitado que, de premissas erradas, conceitos trocados e factos apócrifos, se retirassem conclusões erradas».
Situação financeira e transferências
De acordo com o texto do Benfica, é «totalmente falso» que o clube esteja em risco de ser sancionado pela UEFA por questões de sustentabilidade financeira. O Benfica garante que «nunca recebeu qualquer alerta ou multa» sobre este tema e que, ao contrário de outros clubes, nem sequer é mencionado no último relatório da UEFA sobre a matéria.
Relativamente à intermediação nas transferências, o Benfica assegura que este não é um «fator significativo» e que, nos últimos quatro anos, o valor médio ficou sempre abaixo dos 10% - a referência indicativa do mercado. Mais, o clube afirma que «todos os estudos internacionais apontam o Benfica como um dos clubes que mais lucram com o mercado de transferências», tendo inclusive o quarto melhor saldo positivo da Europa, de acordo com o último estudo do Observatório do Futebol (CIES).
Sustentabilidade económica
Quanto à sustentabilidade económica, o Benfica considera «totalmente falso» que esteja em «qualquer risco económico». O clube critica o estudo por entrar em «cenários futuros de quebra de receitas e de descalabro desportivo» que, segundo o Benfica, «só quem assume este estudo pode admitir», sem prever «qualquer adaptação de custos».
Por fim, o Benfica sublinha que assume «uma posição ímpar em Portugal e em termos internacionais no que concerne à sua sustentabilidade económica, sem perdões bancários nem fair play financeiros na sua história».