Análise da saída de Amorim do Sporting e da entrada de Lage no Benfica

  1. Sporting perdeu vantagem pontual no campeonato após saída de Amorim
  2. Chegada de Roger Schmidt ao Benfica custou entre €14 a €15 milhões
  3. Bruno Lage conseguiu incutir crença e força na equipa do Benfica
  4. Pedro Proença pode candidatar-se a presidente da FPF na próxima semana

Sporting perde vantagem após saída de Amorim

A saída de Rúben Amorim do Sporting foi considerada a "melhor prenda que o Sporting podia ter oferecido aos seus rivais", afirma Diogo Luís. Com a partida do treinador, a vantagem pontual do Sporting no campeonato "esfumou-se", a equipa perdeu os lugares de acesso direto à Liga dos Campeões e a sua capacidade de criar ocasiões de golo. Além disso, o clube verde e branco também sofreu com lesões de jogadores influentes. Apesar dos €11 milhões que o Sporting conseguiu com a transferência de Amorim, este valor "não parece ser interessante quando comparados com o potencial de desvalorização dos jogadores se o trajeto verde e branco continuar assim". Tanto o Benfica como o FC Porto "aproximaram-se do Sporting, podendo o Benfica inclusivamente ultrapassar os leões se vencer o seu jogo em atraso".

Chegada de Schmidt ao Benfica

Já a chegada de Roger Schmidt ao Benfica, com um contrato de €8,7 milhões líquidos, foi "a melhor prenda que o Benfica podia receber em função do contexto". Diogo Luís considera que o "problema Schmidt não foi criado este ano, mas sim no momento da renovação do contrato e pelos valores a que foi feita essa renovação". Apesar de o Benfica ter perdido entre €14 a €15 milhões com a rescisão, "ganhou esperança, recuperou confiança e trouxe novamente a crença aos adeptos de que é possível vencer títulos este ano".

Chegada de Bruno Lage

Com a chegada de Bruno Lage, "a gestão do grupo é diferente e os jogadores valorizam-se, como são os exemplos de Tomás Araújo ou Carreras". Embora a equipa ainda não seja consistente e não controle os jogos na totalidade, "o sistema tático se adequa melhor às características dos jogadores" e Lage "conseguiu incutir uma crença na equipa e a força de dar a volta aos acontecimentos dentro do próprio jogo". Diogo Luís considera que "Roger Schmidt não devia ter renovado por aqueles valores e que deveria ter sido despedido mais cedo". No entanto, "financeiramente a decisão de despedir Roger Schmidt, no curto prazo, representa um encargo muito elevado. Desportivamente foi o melhor que o Benfica podia ter feito, acrescentando que em conjunto com a valorização desportiva vem a valorização financeira dos jogadores e dos prémios das competições com a Liga dos Campeões à cabeça!".

Outros destaques

Ainda no mês de dezembro, a FPF inaugurou o FPF Arena e a Liga de clubes (LPFP) inaugurou a sua nova sede, o que, segundo Diogo Luís, "deixa com inveja os clubes que são a base da atividade da LPFP!". O autor acredita que "na próxima semana teremos o anúncio de um dos segredos mais mal escondidos no futebol português, que é a candidatura de Pedro Proença à FPF". No entanto, Diogo Luís questiona se "Pedro Proença, ao deixar a LPFP a meio de um mandato tão importante para se candidatar a presidente da FPF, está a pensar em si ou no futebol português?" e se, caso Proença vença as eleições, "o que fará" se conseguir a oportunidade de ir para a UEFA ou FIFA, "como fez agora na FPF". Por fim, o autor destaca o trabalho de dois treinadores portugueses no futebol inglês: Marco Silva, que está a fazer "uma grande época" no Fulham, e Nuno Espírito Santo, que tem o Nottingham Forest em quarto lugar na Premier League.