Sporting perde vantagem após saída de Amorim
A saída de Rúben Amorim do Sporting foi considerada a «melhor prenda que o Sporting podia ter oferecido aos seus rivais», afirma Diogo Luís. Com a partida do treinador, a vantagem pontual do Sporting no campeonato «esfumou-se», a equipa perdeu os lugares de acesso direto à Liga dos Campeões e a sua capacidade de criar ocasiões de golo. Além disso, o clube verde e branco também sofreu com lesões de jogadores influentes.
Apesar dos €11 milhões que o Sporting conseguiu com a transferência de Amorim, este valor «não parece ser interessante quando comparados com o potencial de desvalorização dos jogadores se o trajeto verde e branco continuar assim». Tanto o Benfica como o FC Porto «aproximaram-se do Sporting, podendo o Benfica inclusivamente ultrapassar os leões se vencer o seu jogo em atraso».
Chegada de Schmidt ao Benfica
Já a chegada de Roger Schmidt ao Benfica, com um contrato de €8,7 milhões líquidos, foi «a melhor prenda que o Benfica podia receber em função do contexto». Diogo Luís considera que o «problema Schmidt não foi criado este ano, mas sim no momento da renovação do contrato e pelos valores a que foi feita essa renovação». Apesar de o Benfica ter perdido entre €14 a €15 milhões com a rescisão, «ganhou esperança, recuperou confiança e trouxe novamente a crença aos adeptos de que é possível vencer títulos este ano».
Chegada de Bruno Lage
Com a chegada de Bruno Lage, «a gestão do grupo é diferente e os jogadores valorizam-se, como são os exemplos de Tomás Araújo ou Carreras». Embora a equipa ainda não seja consistente e não controle os jogos na totalidade, «o sistema tático se adequa melhor às características dos jogadores» e Lage «conseguiu incutir uma crença na equipa e a força de dar a volta aos acontecimentos dentro do próprio jogo».
Diogo Luís considera que «Roger Schmidt não devia ter renovado por aqueles valores e que deveria ter sido despedido mais cedo». No entanto, «financeiramente a decisão de despedir Roger Schmidt, no curto prazo, representa um encargo muito elevado. Desportivamente foi o melhor que o Benfica podia ter feito, acrescentando que em conjunto com a valorização desportiva vem a valorização financeira dos jogadores e dos prémios das competições com a Liga dos Campeões à cabeça!».
Outros destaques
Ainda no mês de dezembro, a FPF inaugurou o FPF Arena e a Liga de clubes (LPFP) inaugurou a sua nova sede, o que, segundo Diogo Luís, «deixa com inveja os clubes que são a base da atividade da LPFP!». O autor acredita que «na próxima semana teremos o anúncio de um dos segredos mais mal escondidos no futebol português, que é a candidatura de Pedro Proença à FPF».
No entanto, Diogo Luís questiona se «Pedro Proença, ao deixar a LPFP a meio de um mandato tão importante para se candidatar a presidente da FPF, está a pensar em si ou no futebol português?» e se, caso Proença vença as eleições, «o que fará» se conseguir a oportunidade de ir para a UEFA ou FIFA, «como fez agora na FPF».
Por fim, o autor destaca o trabalho de dois treinadores portugueses no futebol inglês: Marco Silva, que está a fazer «uma grande época» no Fulham, e Nuno Espírito Santo, que tem o Nottingham Forest em quarto lugar na Premier League.