A Torcida Verde, a famosa claque do Sporting, levantou uma importante questão sobre a política de venda de bilhetes do clube. Através de um comunicado, os adeptos expressaram que a “assiduidade seja o critério adotado para a aquisição” de ingressos. Esta afirmação sublinha uma preocupação crescente entre os sócios, especialmente em relação aos privilégios atribuídos aos detentores de lugares mais onerosos.
O comunicado da claque não hesitou em criticar os critérios atuais, afirmando que “ao longo das últimas duas épocas, os adeptos do SCP para a aquisição de bilhetes para os jogos fora de Alvalade e no PJR, têm sido confrontados com critérios que dão prioridade aos titulares dos lugares mais dispendiosos”. Esta priorização acaba por relegar para segundo plano os associados com mais tempo de filiação, o que causa descontentamento entre os adeptos que se consideram os verdadeiros apoiantes do clube.
Comparações com Práticas Europeias
A posição dos adeptos é reforçada por comparações com práticas em clubes europeus. A Torcida Verde lembrou que “em Dortmund, desde há algumas épocas, a assiduidade passou a ser o ÚNICO critério para aquisição e renovação de lugares anuais”. Esta política, segundo a claque leonina, traduz uma solução eficaz para combater a presença esporádica de sócios, que se fazem presentes apenas em jogos de maior prestígio, deixando os lugares vazios em muitas jornadas.
Com esta prática, o Borussia Dortmund garantiu que apenas os adeptos presentes em mais de 90% dos jogos mantivessem o direito de renovação dos seus lugares anualmente. Este modelo, defendido pela Torcida Verde, poderia potencialmente ser uma solução para os problemas atuais de distribuição de bilhetes no Sporting.
A Luta pela Justiça na Distribuição de Bilhetes
Por fim, a Torcida Verde clama por justiça na distribuição de bilhetes, afirmando que “devem ser premiados os verdadeiros adeptos detentores de lugares anuais, presentes num maior número de jogos. Independentemente do custo de aquisição do lugar ou da sua antiguidade”. Esta última observação provoca uma reflexão acerca da verdadeira essência do apoio aos clubes: será a fidelidade ou o investimento financeiro que realmente conta?
A discussão promete continuar, especialmente no contexto de uma claque que não se acomoda às circunstâncias e busca a valorização dos seus membros. O debate sobre a política de bilhetes e a verdadeira definição de um adepto pode marcar um novo capítulo na relação entre o clube e os seus sócios.
