Rui Borges, treinador do Sporting, foi recentemente homenageado em sua terra natal, Mirandela, onde recebeu o carinho de numerosos adeptos no estádio do Sport Clube de Mirandela, um clube que completou 99 anos. Durante o evento, Borges recebeu uma camisola alusiva à ocasião e fez questão de expressar a sua ligação emocional com o clube da sua infância. “Entrei aqui novinho, como jogador, e será sempre o meu amor. Adoro e faço questão de estar sempre presente, quando posso, aqui no estádio. Seja a acompanhar jogos, seja a acompanhar alguns treinos. Porque é a minha terra, o meu clube e será sempre. É uma homenagem que me emociona, como é lógico, pelo carinho e amor que tenho ao clube. Não só à cidade, mas também ao clube. Fico muito feliz que a tenham feito”, disse o treinador, sublinhando a sua gratidão pelo clube que o formou.
Num momento em que a atenção está voltada para Viktor Gyökeres, o avançado sueco do Sporting, Rui Borges optou por não discutir os rumores sobre a sua saída. Perguntado sobre a situação do jogador, reafirmou a importância do foco no futuro do clube. “O futuro do Sporting começa dia 1 de julho. É isso que posso dizer e hoje estou aqui para, acima de tudo, saudar esta homenagem que me fizeram. Apenas e só isso. Estou de férias, não estou para falar disso”, destacou, evitando disparar polémicas e reafirmando o seu compromisso com o clube.
O Impacto de Mirandela na Carreira de Borges
Além disso, Borges recordou como a experiência adquirida no Mirandela o moldou como treinador. “Serei sempre grato, porque o clube deu-me a oportunidade de treinar e crescer enquanto treinador. Tive a felicidade de, mesmo quando jogava, ser treinador das camadas jovens. E como treinador de camadas jovens, recebi a oportunidade de treinar desde os sub-7 aos sub-19. Passei por todos os escalões. Se calhar estar no Sporting fez parte desse crescimento desde lá de trás em passar por todos os escalões, porque dá outras vivências e outras formas de lidar com as idades e com tudo. Fez-me crescer enquanto treinador”, revelou.
Borges, que tem o espírito transmontano como uma parte fundamental da sua abordagem no futebol, levanta a importância do trabalho árduo para o sucesso. “Levei para o balneário do Sporting aquilo que é o espírito transmontano: a capacidade de trabalho, o agarrar sempre ao trabalho, acima de tudo, porque se tivermos o acreditar naquilo que é o nosso dia a dia, as coisas vão acontecer naturalmente. É um povo de trabalho, de muito trabalho, e nunca vira a cara à luta. Foi um bocadinho esse o slogan que pegámos no início quando cheguei ao Sporting. Que disse que, quando faltasse inspiração, que não faltasse atitude. Essa atitude nunca faltou nem nunca pode faltar”, concluiu Rui Borges, enfatizando a importância da ética de trabalho que pretende transmitir aos seus jogadores.
A Homenagem a Rui Borges
A homenagem em Mirandela não foi apenas um reconhecimento da sua carreira, mas também um testemunho do laço indissolúvel entre Borges e a sua cidade natal. Este sentimento é algo que o treinador sempre leva consigo na sua trajetória no Sporting. A sua ligação à cidade e ao clube é profundamente enraizada, refletindo o carinho que sempre teve por Mirandela.
Esta cerimónia não só celebrou os 99 anos do Sport Clube de Mirandela, mas também destacou a importância de figuras como Rui Borges, que contribuíram significativamente para a história do futebol na região. O evento foi uma celebração das suas conquistas e do impacto que teve na vida de muitos jovens atletas da sua terra.