A saída do treinador argentino Martín Anselmi do Cruz Azul para o FC Porto tem sido marcada por uma acesa disputa entre os dois clubes. O presidente do clube mexicano, Víctor Velázquez, acusou os dragões de apresentarem ofertas «insultuosas e ridículas» pela contratação do técnico de 39 anos.
Cláusula de rescisão não foi paga pelo FC Porto
Em declarações à ESPN do México, Velázquez revelou que o Cruz Azul informou o FC Porto de que teria de pagar a cláusula de rescisão de Anselmi, algo que, segundo o dirigente, ainda não aconteceu. «Tivemos algumas conversas com o FC Porto e informámos que tinham de pagar a rescisão do contrato. Não o fizeram, e as ofertas que nos fizeram chegar não contemplam os interesses do Cruz Azul. Sem pagamento da cláusula não lhe podemos dar a saída de forma a que possa ser inscrito por outro clube ou noutra liga», afirmou.
O presidente do clube mexicano garantiu que vão avançar com processos legais contra o FC Porto. «Procederemos legalmente, é o que estamos a fazer com a nossa equipa de advogados, utilizando o que estipulam tanto as regras da FIFA como as leis laborais», atirou.
Anselmi «decidiu pegar nas malas e ir embora»
Velázquez lamentou ainda a atitude de Anselmi durante as negociações, revelando que pediu ao treinador para esperar, mas que este «decidiu pegar nas malas e ir embora». «Disse a Martín para esperar, mas ele tomou a decisão de fazer as malas e ir-se embora. Então, já não está ao nosso alcance chegar a melhores acordos como pensámos no início e terá de ser feito através de canais legais ou o que quer que seja para dar clareza a esta saída», explicou.
Apesar da saída de Anselmi, o presidente do Cruz Azul garantiu que o clube vai continuar a trabalhar para atingir os seus objetivos. «O Cruz Azul é muito maior do que qualquer pessoa, do que qualquer presidente, do que qualquer diretor desportivo, do que qualquer diretor técnico. O Cruz Azul é uma instituição muito grande que felizmente está apoiada em metodologias, em políticas e que vamos continuar a trabalhar para os nossos adeptos», concluiu.