Ricardinho, seis vezes considerado o melhor jogador do mundo de futsal (2010, 2014, 2015, 2015, 2016, 2017 e 2018), foi o convidado de mais um episódio do Ciência e Futebol, podcast do Portugal Football Observatory, da FPF. Aos 38 anos, o ala revelou que, brevemente, vai anunciar o seu novo clube.
Após ter deixado a Letónia, onde representou o Riga FC, o esquerdino prepara-se para nova aventura: «Está tudo no segredo dos deuses [risos]. Não, a sério, está tudo 90% decidido. Vou pôr-me à prova mais uma vez, numa liga onde nunca joguei, para conquistar uma liga que não me lembro se algum português conquistou ainda. Vamos tentar fazer história.»
Palmarés Impressionante
Fora de Portugal, onde defendeu as cores de Gramidense, Miramar e Benfica, Ricardinho jogou no Japão (Nagoya Oceans), Rússia (CSKA), Espanha (Movistar), França (ACCS Paris), Indonésia (Pendekar United) e, como já referido, Letónia (Riga). A próxima aventura, como o próprio disse, está no segredo dos deuses, mas, segundo A BOLA, o Brasil não é opção a descartar nesta equação.
Com uma carreira invejável, Ricardinho conta no currículo com todos os troféus possíveis a nível de clubes, ao que se junta um Campeonato da Europa (2018) e um Mundial (2021) pela Seleção Nacional, que abandonou no final de 2021.
Mensagem à Seleção Nacional
A poucos dias do arranque do Mundial de futsal no Uzbequistão, Ricardinho revelou o seu prognóstico: «Toda a gente fala muito de Espanha, do Brasil, de Portugal, de Marrocos. São os favoritos. Mensagem para a Seleção? Que nos representem como sabem, muito bem, para no fim fazermos todos a festa juntos.»
O Clique do Europeu
Instado a revelar o momento que mais o marcou de quinas ao peito, o esquerdino teve dificuldades na resposta: «Acho que é difícil escolher, sinceramente, mas acho que o Europeu na Eslovénia foi algo que nos fez mudar, ou que nos fez acreditar mais. Acho que precisávamos de uma conquista. Acima de tudo, para acreditar realmente que éramos bons.»
«Conseguimos realmente meter o nome de Portugal no topo do Mundo. E depois, a partir daí, foi mostrar que realmente eu tinha razão. Com a conquista do Europeu na Holanda, depois a finalíssima na Argentina, se não me engano. Foi surreal. É surreal o que esta Seleção está a fazer. Juntou-se um grupo. Foi-se juntando e criando um grupo de trabalho com uma mentalidade muito forte.»
Importância do Grupo
«Cada um sabendo qual a sua tarefa e em que momento tem que ajudar. Ninguém querer ser a estrela cadente. Todos serem estrelas. No céu. Que é muito importante. Porque hoje brilhas tu, amanhã brilho eu e depois pode ser aquele. E todos são importantes. Cada um na sua área e cada um no seu momento. Não havia cá egos. Não havia cá eu sou melhor. E porque não jogo? Não. Era totalmente o contrário. Era quando o jogador ficava de fora. Todos iam abraçá-lo e dar-lhe força para que ele sinta que faz parte. Mesmo estando de fora», acrescentou Ricardinho.