Reunião magna para votação ainda este ano
De acordo com Jaime Antunes, vice-presidente do Benfica, uma proposta global única de revisão dos estatutos do clube foi entregue ao presidente da Mesa da Assembleia Geral, Fernando Seara. Esta proposta resultou de negociações entre os autores das três propostas globais anteriormente apresentadas - a direção, o Movimento Servir o Benfica e a comissão de estatutos.
Segundo Antunes, a partir do final de agosto, Seara poderá convocar a reunião magna do clube para a votação desta nova proposta unificada pelos sócios.
Adequar estatutos à realidade atual
«É importante que estes [sócios] acompanhem a evolução no clube e no grupo Benfica, na totalidade. Os estatutos têm de ser adequados à realidade de hoje e não podem ser estatutos que já têm umas décadas e que foram fantásticos, porque duraram bastante tempo com algumas alterações pontuais realizadas em 2010», advertiu Jaime Antunes.
O dirigente benfiquista reforçou que a direção se empenhou e chegou a um consenso, «dizendo aos sócios que estamos aqui para unir o Benfica e encontrar consensos em questões estruturantes da vida do Benfica».
Principais propostas de revisão
Entre as propostas detalhadas na revisão estatutária, destacam-se:
- Possibilidade de transição dos sócios correspondentes para efetivos com metade da antiguidade;
- Aumento dos votos para os sócios jovens, de um para três até aos cinco anos, e de cinco para 10, para quem é associado há mais de cinco anos;
- Obrigatoriedade de votação das contas consolidadas do grupo Benfica, e não apenas as do clube.
Limitação de mandatos e remuneração dos órgãos sociais
Jaime Antunes explicou ainda que vai ser proposta a limitação de três mandatos aos presidentes dos vários órgãos sociais do clube, nomeadamente da direção, da mesa da assembleia geral, do conselho fiscal e da comissão de remunerações.
Pela primeira vez, a proposta de estatutos prevê também a remuneração dos elementos dos órgãos sociais, uma vez que «nos estatutos atuais, (...) os elementos dos órgãos sociais não podem ser remunerados, nem direta, nem indiretamente, no Benfica». Será criada uma comissão de remunerações, com os montantes a não poderem superar 0,5% da faturação global do grupo Benfica.