O presidente do Benfica, Rui Costa, reconheceu que a saída iminente de João Neves para o Paris Saint-Germain fragiliza o plantel dos encarnados, mas garantiu que a equipa terá «capacidade para lutar em todas as frentes».
Rui Costa admitiu compreender a insatisfação dos adeptos devido à saída do jovem médio, mas frisou que o clube não podia rejeitar a oferta de 70 milhões de euros dos parisienses.
«Ficar mais triste ainda»
«Começar por dizer que, a concretizar-se a saída do João, que está praticamente feita, mas há coisas burocráticas a resolver ainda, compreendo as críticas porque a amargura deles é a mesma que a minha», afirmou Rui Costa.
O presidente do Benfica salientou que «ver partir um jogador como o João Neves não agrada aos adeptos e a mim como sócio e presidente agrada-me ainda menos». «Conheço-o desde os 10 anos e custa muito ver partir um jogador assim», acrescentou.
Oferta irrecusável
Rui Costa explicou que o clube «não podia rejeitar os 70 milhões de euros oferecidos pelos parisienses», mas apontou que o jogador também tem em mãos «uma oferta irrecusável».
«As pessoas têm de compreender que procurámos, em conjunto, as melhores soluções para um lado e para o outro. Adiámos muito, durante muito tempo, esta transferência. Rejeitámos as primeiras propostas de forma clara, mas chega-se a determinados momentos e determinados números que para o clube e para o jogador torna-se inevitáveis estas transferências», frisou.
Comportamento exemplar
Rui Costa assegurou também que o jovem médio não saiu a mal do clube. «Nenhuma transferência é feita sem vontade das duas partes. Se chegasse uma proposta ao Benfica que não interessasse, não faríamos, e o mesmo para o jogador. O João poderá falar sobre isso. O comportamento dele foi exemplar, como sempre», disse.
O presidente do Benfica lamentou que «em Portugal, os clubes portugueses não têm força para abdicar destas verbas e combater salários destes colossos financeiros».