Turquia sofre mas consegue o apuramento
Incapaz de gerir as emoções e de manter a calma em momentos decisivos, a Seleção da Turquia conseguiu, ainda assim, garantir a passagem para a fase a eliminar do Campeonato da Europa. Algo que não conseguia desde 2008, ano em que chegou mesmo às meias-finais da competição.
Apesar de ter um plantel mais talentoso que o da Chéquia, a equipa orientada por Vincenzo Montella revelou «muito pouco discernimento para gerir um jogo que até lhe correu de forma bastante favorável». Partindo em vantagem pontual, a Turquia chegou mesmo a ficar em superioridade numérica mas, ainda assim, «chegou a parecer emocionalmente mais frágil», até que surgiu o golo decisivo já em período de desconto.
Chéquia mostra limitações
A seleção da Chéquia, obrigada a procurar a vitória para seguir em frente, «cedo confirmou a falta de qualidade individual e coletiva para assumir as despesas do jogo», ainda que tenha criado algumas oportunidades, como um remate de Provod que obrigou Mert Gunok a uma boa defesa logo no segundo minuto.
De regresso à titularidade na seleção turca, Arda Guler «respondeu com um remate de longe, aproveitando um raro momento com espaço», mas foi a Chéquia a mostrar maior perigosidade nos lances de bola parada, especialmente depois da expulsão de Antonín Barak, aos 20 minutos, por acumulação de cartões amarelos.
Turquia sabe gerir superioridade numérica
Apesar da superioridade numérica, a Turquia revelou «má gestão da mesma, sem presença mais vincada na área e com Çalhanoglu perdido no meio do bloco defensivo do adversário». Uma perda de bola de Arda Guler quase confirmava «a tendência turca para complicar tudo», mas Mert Gunok negou o golo ao benfiquista David Jurásek.
Na segunda parte, a Turquia conseguiu finalmente «tirar dividendos» da sua superioridade, com o capitão Hakan Çalhanoglu a bater Jindrich Stanek, que acabou mesmo por sair lesionado. Tudo parecia indicar a vitória turca, mas um lançamento lateral permitiu a Soucek restabelecer a igualdade, num lance contestado pelo guarda-redes turco. Nos instantes finais, o «exacerbado nervosismo turco» - com a entrada de Orkun Kokçu -, acabou por ser recompensado com o golo de Cenk Tosun, já em período de descontos, garantindo o triunfo numa partida que terminou com «ânimos exaltados».