O futebol em Portugal foi palco de um episódio marcante no último domingo, com o FC Porto a arrasar o Benfica por 5-0 num clássico que teve repercussões profundas no seio encarnado. A derrota avassaladora não só expôs as fraquezas táticas da equipa de Roger Schmidt, como levantou questões sobre a coesão do plantel e a gestão de crises no clube da Luz. Uma das polémicas pós-desaire no Estádio do Dragão envolveu a escolha de João Neves para as entrevistas rápidas após o jogo. O jovem médio, que enfrentou recentemente a perda da mãe, foi criticado por ter sido colocado numa posição delicada, em vez de jogadores mais experientes.
O papel dos líderes no balneário
"Os jogadores mais experientes é que deviam ter dado a cara, não o João Neves", afirmou José Calado, antigo jogador do Benfica, sublinhando a importância dos jogadores consagrados assumirem a responsabilidade em momentos difíceis. Calado mencionou nomes como João Mário, Di Maria, Otamendi e Rafa, questionando a falta de liderança no plantel benfiquista e evidenciando a necessidade de uma postura diferente por parte dos jogadores mais experientes.
Interrogações sobre o futuro de Roger Schmidt
Para além das críticas à escolha dos jogadores para as entrevistas, as vozes discordantes viraram-se também para o treinador Roger Schmidt. A sua capacidade de liderança e gestão da equipa foram postas em causa, com especulações sobre o seu futuro na Luz. Notícias recentes da imprensa alemã sugerem que Schmidt poderá ser um dos potenciais candidatos ao cargo no Bayern de Munique na próxima época. Com a Liga Europa, a Liga Portugal e a Taça de Portugal em disputa, o Benfica enfrenta um momento crítico na temporada, com a pressão a aumentar para encontrar respostas imediatas. A derrota humilhante para o eterno rival intensificou as críticas e debates acalorados sobre o estado atual da equipa encarnada, deixando os adeptos e analistas apreensivos quanto ao futuro do clube.