O treinador do Benfica, Roger Schmidt, enfrenta um período conturbado no comando da equipa encarnada, com críticas a surgirem de diversas frentes.
António Carraça, antigo diretor geral do Benfica, expressou o seu descontentamento com o trabalho de Schmidt, comparando a situação do clube a um Mercedes que, nas mãos do treinador alemão, parece um Fiat.
«Quando nós temos um Mercedes não ficamos satisfeitos que o nosso Mercedes dê o rendimento de um Fiat ou de um Ford 500», afirmou Carraça, destacando a insatisfação com os resultados apresentados pela equipa.
Carraça salientou a discrepância entre os investimentos realizados pelo Benfica e o desempenho em campo, referindo que o clube tem o maior orçamento do futebol português e gastou mais de 100 milhões de euros em contratações. «Nas janelas de contratação gastou mais de 100 milhões de euros e as expectativas são elevadas», recordou Carraça, apontando para a exigência de resultados em clubes de topo como o Benfica.
O antigo dirigente criticou os resultados recentes da equipa, mencionando a eliminação nas meias-finais da Taça da Liga e as dificuldades na Liga Europa. Carraça destacou a falta de qualidade de jogo apresentada pelo Benfica e a necessidade de um nível de exigência elevado no clube. «Com aquilo que vemos e com os números apresentados, eu acho que o Schmidt tem deixado muito a desejar em relação ao que é o rendimento da equipa do Benfica», concluiu Carraça.
Além das críticas ao desempenho de Roger Schmidt, o Benfica também foi alvo de polémica devido a um blackout nas redes sociais do clube. O blackout, que durou 35 horas e 52 minutos, foi iniciado após a derrota por 5-0 para o FC Porto, com o golo de Pepê a desencadear a decisão de silêncio total por parte do clube.
Durante o blackout, o Benfica optou por não publicar qualquer conteúdo nas redes sociais, incluindo notas do rescaldo do jogo ou declarações dos protagonistas. A decisão de realizar o blackout levantou questões sobre a sua eficácia, com muitos a questionarem a estratégia por trás da ação.
A continuidade de Roger Schmidt no comando do Benfica tem sido posta em causa, mas há quem defenda a manutenção do treinador. «Com Schmidt isto é como o tiririca, pior que está não fica», afirmou um dos apoiantes da permanência do técnico alemão.
A polémica em torno do desempenho de Roger Schmidt e do blackout do Benfica reflete a pressão e a insatisfação existentes no clube em relação aos resultados desportivos e à gestão de comunicação. A incerteza paira sobre o futuro do treinador e as próximas decisões da direção do Benfica.